12/25/2004

NATAL - e a cozinha arrumada

Véspera de Natal de 2004. Entre outros, chega hoje o Pai Natal!

Realmente, a Véspera de Natal é um dia mágico... Foi preciso arrumar duas vezes a cozinha para ficar mal disposto (normalmente por a mesa chega). Mas afinal não percebo qual é a grande alegria: passei o dia a andar de um lado para o outro, a enviar e receber mensagens a desejar "FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO" e a arrumar a cozinha (nas 7 horas que passei, pelo menos duas foram a arrumar a cozinha, o resto foi a arrumar o quarto e acabar de embrulhar presentes (a propósito: ainda me falta embrulhar o do meu Pai...).

O Natal era bem mais feliz quando se é pequeno: só tinha de pôr os talheres em ordem em cima de uma mesa...

Mas pronto. Também há a parte boa: a quase eterna espera pela família e pela meia-noite, os pequeninos que acreditam no Pai Natal, os presentes, (já estou a ficar mais bem-disposto... Parece que a má disposição era fome. Tenho de dizer que é um tipo de má disposição chato: por vezes só me apercebo que estava mal disposto por causa da fome depois de comer... É que nem se sente /\/ada, só mesmo má disposição!)

Parece que já estou curado da má disposição pós-manhã de 24 de Dezembro. Ainda bem que tenho este blog, senão tinha de passar a noite mal disposto
o o o

12/16/2004

Consumismo

A nossa sociedade tem um aspecto que muitos consideram negativo, mas que eu, sinceramente, acho que é muito positivo (principalmente para os outros).

O consumismo é isso mesmo. Hoje, as fábricas produzem objectos, que só por si não valem nada... Mas depois vem o Marketing: há uns senhores, os directores de marketing (ou "mercadologia", para falar em português (e ser mais complicado de pronunciar)), que nos fazem desejar certos produtos.

Este aspecto é positivo na medida em que as pessoas adquirem sonhos ao ver os anúncios. Como um sonho é sempre um sonho, ou seja, é agradável ter sonhos, e realizar sonhos ainda é melhor, penso que se pode dizer que estes senhores dão realmente mais cor à nossa vida.

Claro que muitos pensam que os directores de marketing só o fazem para ganhar dinheiro, dinheiro este, com o qual eles também realizam os seus próprios "sonhos". (a minha irmã que tem preguiça para deixar um post no meu blog, só pq tem q se carregar não sei onde, aproveita agora para escrever e para dizer q gosta muito de sonhos e tem uma excelente receita; já agora, Feliz Natal :) )

No entanto, haver sonhos que se podem realizar com dinheiro é algo que facilita a nossa felicidade...

12/15/2004

fim do dia

Chegou ao fim mais um dia irrepetível da minha vida... Já estou a pensar em amanhã...

É incrível como certas coisas acontecem quando não deviam. Felizmente o meu caso não é dramático. Alías, nem seria um caso que merecesse o respeito alheio se não fosse necessário eu partir-me em dois.

Passa-se que amanhã vou voltar a faltar a um teste de informática... Porque vou ter de ir ao dentista (sinceramnete, não sei qual dos dois prefiro...). Para piorar as coisas, amanhã também é dia de desporto (que eu detesto: sempre que posso, nem chego a suar...). Resultado: vou sair da escola às 13h25 a comer um almoço portátil. Tenho de apanhar o metro (espero que com companhia) desde Telheiras até ao Cais do Sodré (a linha verde COMPLETA)
Estou a gravar um CD com as poucas músicas de Natal que encontrei na Internet... Como não tenho nada para fazer, enquanto o CD está a ser queimado, decidi vir escrever mais qualquer coisa... Espero que não se torne secante como o "Loucura?"

Tive hoje um teste de francês. Nós tinhamos todos gozado com a ideia que o nosso professor teve de fazer perguntas do tipo "de que cor é o carro azul?" para serem respondidas com, no mínimo, 80 palavras...

O pior é que eu passei metado do tempo do teste a RISCAR palavras que tinha escrito a mais... Ainda não percebi quem é disfuncional, se sou eu ou tarado do alemão...

Também recebi um teste de Química: Nota 3- "Eu não quero mais testes assim, Francisco!"... FDP do homem que se pos a corrigir o meu alemão medíocre antes do conteúdo: só por causa disso mudou o sentido de algumas frases e ficou a parecer que eu estava simplesmente a enrolar para não ter de recorrer à matéria que saíu para responder às perguntas...

Realmente a minha escola é muito pouco sã...

Loucura?

Quando se enlouquece (não necessáriamente fazer coisas tipo passear escovas de dentes ou fugir do rato do computador), diz-se que se perde a noção de tempo.
Também perdemos a noção de tempo ao fazer algo de que gostamos muito (estou aqui há quase uma hora...).
Será que a explicação para ambas as ocasiões acima apresentadas é tão simples como: "o id apodera-se de nós, o ego e superego deixam-nos" (peço desculpa, penso ser uma fase, mas fiquei fascinado com a teoria do Freud??? Se assim for, penso que ao fazer algo de que gostamos, estamos a experimentar um pouco de "loucura"... Parece mesmo que o nosso corpo consegue distrair o psíquico com as endorfinas que liberta...
Seremos, então MESMO divididos em partes que não partilham as mesmas intenções ou ideias e levam a cabo planos maquiavélicos para se corromperem umas às outras? Convém descobrir isto, porque é a nossa própria definição que está em causa!!! (compreendo perfeitamente quem se estiver nas tintas para isto... Também acho muito mais confortável, só que menos satisfatório...)

(pergunta para depois: o que é a diversão?)

Porquê escrever?

Porque é que os humanos escrevem e os caninos não? Será uma afirmação de superioridade mental ou simplesmente uma resposta às necessidades que o Homem tem de se exprimir (sendo isto uma necessidade, seria o Homem inferior ao cão...(?)) ou terá sido a escrita inventada apenas para remediar a falta de memória e a impossibilidade que o Homem tem de ser omnipresente (isto é, foi preciso tomar notas e escrever à domésticas o que elas tinham de fazer, portanto inventou-se a escrita)?

Bom a verdade é que muitas domésticas são analfabetas, mas também acontece que para acumular conhecimento é necessário tomar notas para mais tarde se estudarem...

Seja como for, não é sobre isto que eu quero escrever...

O que eu queria dizer, antes de aquele pensamento me ter incomodado (sem ofensa), é que eu estou colado ao teclado a escrever desde as 5 horas da tarde (com intervalos) e ainda não me sinto satisfeito com o que produzi...

Sinto uma necessidade de expressar (acho que isto responde à primeira pergunta retórica) as coisas mais secantes que vão na minha cabeça... Também me apetece falar de coisas que podem ser interessantes, mas não têm nada a ver...

No entanto penso que se isto fosse um trabalho da escola, não só receberia uma nota quase negativa (se não mesmo negativa, dependendo do professor) pelo conteúdo, como também que eu não teria tanto para escrever...

É verdade que me estou a sentir cada vez mais livre para escrever o que me apetecer, até porque o texto está cada vez maior e percebo, por experiência própria que ninguém que esteja bom de cabeça leia isto até aqui...

Mas estarei eu louco? A divagar? A expressar de forma inocente o que me vai na alma? Penso que não, pois ainda não falei daquilo que tenho armazenado e oprimido...

Ainda estou a pensar se hei-de dizer coisas que não devia ou não... Não sei se hei-de falar sobre o que me incomoda em mim ou nos outros...

Mas afinal, se o que me incomoda em mim é EM MIM (dah!) não poderei eu alterá-lo?

Embora pareça que nos podemos modificar, também nos habituamos a nós mesmos... Até, por vezes, começamos a simpatizar com os nossos defeitos, a achá-los engraçados (como por exemplo a facilidade que eu tenho de dizer mal das outras pessoas e de as fazer sentir-se mal, ou não fosse uma colega minha ter-me emprestado um livro, sob a seguinte desculpa que lhe dei "Ó ..., tu não estás a perceber nada do que lês, portanto dá cá o livro, que sempre se torna mais produtivo...", e à qual já me habituei... O pior foi que durante horas me orgulhei desta saída que deixou a minha colega, que devo dizer, que não é muito inteligente, completamente perdida e sem confiança nenhuma em ninguém, nem nela mesma - houve qum se tivesse rido disto comigo...).
Pronto, isto não respondeui à pergunta

[merda dos pop-ups que me estão a chatear!!!]

Vou recomeçar a divagar:

Embora nos possamos habituar aos nossos defeitos, penso que estes ficam apenas reprimidos e no inconsciente à espera de uma distracção do ego e do superego (vejam a teoria de Freud, se ainda me estão a ler...), para se poderem passear, exibir e nos provocar uma descarga de endorfinas, que nos proporciona um prazer por vezes de dimensões assustadoras...

Segundo isto, se o meu ego e o meu superego se distraírem e soltarem o pobre do id para poder expressar-se sobre o que o incomoda, eu terei uma sensação de libertação...

Continuo à espera dessa sensação, mas sinto que está cada vez mais próxima... Espero não ofender ninguém quando ela acontecer... Mas se ofender, paciência, porque é assim que eu sou e se tenho de aceitar os defeitos dos outros, também tenho de me aceitar a mim...

Entretanto vou escrever algo mais técnico:

Se os ids das pessoas são a única parte delas que não sofre alterações na maneira de reagir, não seriam as pessoas mais elas mesmas se ignorassem o ego e superego que têm e que afinal são resultado de uma educação (que segundo os sofistas é) 100% questionável? Não seria mais fácil viver para o prazer momentâneo?

Penso que não (isto deve ser uma parte racional do meu ser a responder), porque se o Homem vivesse só para o prazer momentâneo, não produziria, pois isso é uma chatice, o que levaria à escassez de todos os bens, neste caso alimentares, (se o Homem vivesse regido só pelo seu id estar-se-ia nas tintas para o dinheiro, o trabalho, o futuro, e todas essas "chatices" que os cães e nós próprios em bebés não temos, pelo que nunca desenvolveria tecnologias de produção e os bens seriam somente alimentares) (e aqui algo de economia) e as necessidades, virtualmente infinitas, ficariam por saciar, mal a Natureza deixasse de nos fornecer alimento, diversão e tudo o que achamos bom e agradável. O que levaria à infelicidade...

Este texto até aqui não levou a qualquer conclusão... E "louvo" quem se deu ao trabalho de o ler todo, pois deve estar uma seca para outros que não eu...

[PARA QUEM NÃO TEM PACIÊNCIA PARA LER TUDO, ESTÁ AQUI A CONCLUSÃO:]

Agora a sugestão sobre a escrita (que afinal é o grande tema do texto...): Escrevam, como eu, um diário online, assim, não expressarão directamente tudo o que o vosso id pode querer expressar, mas aliviá-lo-ão. Têm é que ser absolutamente honestos.

BOAS DESCARGAS!!!

12/14/2004

O trabalho e o Natal - para rever e retocar

Antes do Natal já estou habituado a ter quantidades alarmantes de pontos... O pior mesmo são os que correm mal e que me fazem sentir mal durante as férias todas... Mas não será isso psicológicamente perigoso?

Penso que segundo Freud, o id armazena toda a informação sobre os testes. Esse armazenamento no id faz com que estes pareçam esquecidos... No entanto eles NAO ESTÃO ESQUECIDOS, mas sim REPRIMIDOS. Embora o ego e o superego tentem controlar as reacções impulsivas do id, este aproveita qualquer falha momentânea para reagir (conseguir prazer imediato ou castigar-se) de acordo com as informações que tem: memórias reprimidas, problemas que parecem esquecidos ou ter desaparecido, ao momento (neste caso, os testes fdp são o problema). É isto que me vai fazer partir algum presente de que tenha gostado mais, deixando isso de ser, portanto, uma casualidade...

Ou seja, posso culpar a direcção da escola, mas eles não devem vir a ser muito receptivos...

Quase Natal

14 de Dezembro de 2004, quase Natal. Eu gosto imenso desta altura do ano, mas tenho de dizer que já chega de compras. A minha sorte é que a minha mãe as faz por mim e eu depois lhe pago...

Os "Pais Natais" têm de encarar miúdos cépticos e por vezes malcriados que lhes puxam as barbas para verificar se não estão a ser enganados. As dondocas ficam aflitas de dinheiro e há quem chegue a beber só leite até dia 24. Os colegas de trabalho mais bonzinhos e insuportávaies (que eu, graças a Deus, não tenho... mas que vejo claramente que existem) querem organizar almoços de Natal.
Esses almoços, por acaso, são engraçados: há aqueles que vão por obrigação, que tentam falar com alguém com um mínimo de sentido crítico, há também aqueles que vão pela troca de presentes, porque ainda não têm presente para a sogra, há aqueles que vão por uma refeição gratuita e há aqueles que organizaram o almoço, simplesmente porque não sabiam que os almoços de colegas de trabalho são uma seca muito grande...

É claro que estou a ser um pouco ingrato, porque desde muito pequeno que adoro o Natal, com o Pai Natal que traz "peshentes" e com a família, que cresce por um lado e diminui por outro... Também há sempre as cenas dos pequeninos a chamarem o Pai Natal, que provocam algum desespero quando entram num quarto com embrulhos ("AHH! Tantos peshentes!!! Shão pó eu???") e os pequenos problemas com a alimentação: a cozinha de minha casa tem cerca de 10 metros quadrados, contando o espaço que as paredes ocupam... O que significa que o perú é feito ao mesmo tempo que o lombo é temperado, enquanto o bacalhau com natas é aquecido, a salada é feita e as batatas fritas são... ... tiradas do pacote. Embora estas tarefas tenham que se realizar ao mesmo tempo por, pelo menos, dois gordos e uma senhora, são todas desempenhadas no mesmo metro quadrado. O que origina sempre alguma confusão... principalmente qundo um pequenino se junta ("Ó Mãe! O pai pediu as chaves do carro pa í bushcar o shaquinho da mana ao carro!")...

Tenho a dizer que o Natal me diverte mesmo muito, quando não há Missa do Galo de 2 horas. As iluminações não saloias, embora escassas, a árvore de Natal natural (que foi a minha primeira paixão), as músicas de Natal e o frio têm realmente qualquer coisa que me fascina...

FELIZ NATAL PARA TODA A GENTE - e não gastem o dinheiro todo em Dezembro, se não querem mais um Janeiro a almoçar em casa, a ir trabalhar de autocarro e sem fins-de-semana fora...