11/22/2006

Acabei de ver um grupo no hi5: "São Martinho para quem gosta mesmo daquilo".

Eu vou para lá desde sempre e não conheço uma única pessoa q tenha visto naquele grupo... mas conheço bastantes pessoas d SMartinho...

São Martinho dos Tomates, não?

11/07/2006

É o que dá

O post abaixo foi começado com a intenção de bater nas pessoas que fazem a política do queque e que vão à missa por ser domingo e chique.

Depois distraí-me e ficou uma borrada, mas pronto.

Obrigado por me aturarem.

Um Chico Maria Ração

11/05/2006

A Borto

Anda por aí uma polémica enorme sobre o aborto e já percebi uma coisa: o aborto não é queque nem fica bem... ou melhor, é queque ir passar uma semana à Holanda depois de uns quinze dias fantásticos e românticos num resort de luxo na República Dominicana, mas não é queque abortar em Portugal.

(o último parágrafo é a minha opinião, pelo maio vai parecer que sou de esquerda, por isso é que estou a escrever este parêntesis, para não se irritarem e deixarem de ler a meio)

Tenho recebido imensos e-mails contra o aborto. Os amigos que vão à igreja todos os domingos e especialmente as amigas papa-hóstias queques andam indignados!!! Como é que é possível a Ingrid Marlene da Silva Alho, de 14 anos, que foi violada quando estava a ir para casa, no Casal Ventoso, (onde vive numa barraca desde que nasceu, porque o Pai dela, coitado do Sr. Amílcar, que além de curto de cabeça anda a ser enganado pelo patrão e foi deixado pela mulher, até gostava de ter netos, mas não dá mesmo, até faz a filha passar o máximo de tempo em casa para evitar olhares engravidantes que lhe comprometam as financinhas) [saltem o parêntesis para uma leitura mais fácil] sequer pensar em abortar!!!

Não percebem que não somos todos opus e que não vivemos todos optimamente? Já é péssimo dar um filho para adopção, quanto mais matá-lo!!! Claro que a Ingrid vai ficar marcada para o resto da vida, sem ter culpa nenhuma: ou por estar a tentar criar uma criança que muito dificilmente será feliz, ou por ter dado o filho para adopção, para uns senhores que praticamente desconhece e que não se sabe o que é que fazem com a criança, ou por ter matado o filho que não fez mal a ninguém (não propus que a Ingrid desse o filho para o Pai dele o educar por questões óbvias). É claro que neste caso, o aborto poderá ser uma opção!

Mas o que eu queria dizer era diferente. Passo a explicar por que é que até aceito o aborto em determinadas circunstâncias: Os senhores têm espermatozóides, as senhoras têm óvulos. Se se misturam os dois, faz-se um embriãozinho. O embrião, além de não ser especialmente bonito, é um pequeno grupo de células, que obviamente, se poderá desenvolver e transformar-se numa criança queridíssima, engraçada, talvez deficiente, ou só com um defeito na fala...

Mas antes de ser uma criança, ou sequer um ser parecido com uma criança, é um grupo de pouquíssimas células que não é praticamente nada.

O que eu acho é que este grupo de células que ainda não é um bebé, não deve ser considerado como uma criança. Claro que mais tarde poderá vir a ser um miúdo (também nunca se sabe se a gravidez corre mal, mas não é isso que interessa), mas por enquanto, são 8 células que não pensam nem sentem, só vivem.

Agora note-se: se os Pais não tivessem tido relações, o óvulo da Mãe, que está vivo e poderia resultar numa criança, tal como o espermatozóide do Pai, teriam sido desperdiçados, este direito temo-lo todos... Note-se que estes Pais não mataram criança nenhuma, apenas evitaram que uma criança se formasse.

Portanto, eu acho que, enquanto não houver, no embrião, um órgão que lhe dê capacidade de sentir (agora poderia dizer "sentir a vida", mas não sou um queque sensacionalista a escrever contra o aborto), este poderá ser morto (agora também podia dizer "eliminado", mas sou honesto), como todos os dias matamos seres oligocelulares ao lavar os dentes.

Caso o "embrião" já seja um feto e tenha um órgão que lhe dê a capacidade de sentir, tenham paciência: se sente, se está a começar a viver como um ser humano, então não o poderemos matar, seria o mesmo que matar uma pessoa, ou se não fosse isso, estaria lá muito perto.

Claro que matar o que poderá ser uma pessoa já é complicado, mas não é o mesmo que matar o que é quase uma pessoa nem o mesmo que assassinar um homem.

Concluindo, eu não sou comunista nem bloquista nem esses disparates, mas acho que, em casos extremos e num prazo muito curto (enquanto não houver cérebro), o aborto poderá ser tolerado. Irresponsáveis (meninos que pinam e e que "são alérgicos ao latex" ou semelhantes), tenham paciência, mas terão de ter as crianças. Claro que poderá não ser o ideal, obrigar um irresponsável numa fase difícil da vida a ter um filho, nem para o pai, nem para o miúdo, mas o valor do conforto de um irresponsável é inferior ao de uma vida humana. Os ecologistas até acham que o conforto de um empresário não se sobrepõe à vida de uma árvore ("Tem de reciclar o papel da sua empresa!!!") - estranhamente, os ecologistas têm tendência a ser de esquerda e consequentemente pro-aborto... Está tudo doido!!!