11/03/2007

uma breve queixa

Estive agora no hi5 e aquilo e taum giruh, mas quer dizer, podiam ensinar às pessoas, que, por exemplo, exemplo não é ezemplo e e natação não é natassam.

Outra coisa, se as pessoas quiserem ver corpos desnudos, podem recorrer a uma data de sites que eu não vou enumerar para não se ficar a perceber que eu conheço.

E ainda! As frases que os queridos do gato fedorento usam, têm piada, quando usadas por eles. O mesmo se aplica às frases de outras pessoas célebres, por exemplo (ou esêmpalo) as do Sascha Baron Cohen, que além de ter nome de judeu (o que não tem mal nenhum, fique aqui claro, mas é certo e sabido que os alemães estavam apenas a cumprir ordens, e depois, coitados, acordaram com o país destruído - isto quem perceber percebeu) faz figuras nojentas na televisão e no cinema (mesmo assim tem alguma graça, mas é nojento). Mas o que eu queria dizer é que as frases destas celebridades têm muita graça quando são ouvidas ou lidas pela primeira vez e depois vão-na perdendo à medida que são repetidas. Portanto além de ser plágio (que é crime, então nos Estados Unidos onde a percentagem de gente que tem ideias ainda é mais baixa, ainda é um crime maior) tem muito pouca graça andar sempre a dizer o mesmo, que ainda por cima foi outro a inventar - mas pronto, sentem-se integrados.

Como disse alguém, "Inovai-vos uns aos outros como Eu vos inovei" e não nos chateiem com frases antigas. Especialmente quando se está ao vivo. Eu não sou do género de deixar as pessoas penduradas e depois tenho de me rir muitas vezes com a mesma frase que deu na televisão no último domingo de Maio e que tenho ouvido ser repetida desde então. Depois parece que ainda sou mais anormal do que aquilo que já sou e isso dá mau aspecto.

Outra coisa que não acho normal no hi5 são os comentários mentirosos: "adoru-txi, nina, tahx memuh sexi na fotuh" - não, não adoras, ela é feia, chama-se Karina e diz que se chama Kary e quase que mete as glândulas mamárias que são menores que as borbulhas que tem na cara à vista de quem for ao hi5 e depois comenta as fotografias de si própria: "k ar xeriu. fotuh tirada pela Juu [que se chama Jéssica, não se iludam], amuh-tih ninah"? E agora fora do hi5 há outra coisa de que também me quero queixar: "Altas ondas, xavalo" - que é como quem diz que no mar se formavam ondas bastante grandes e que facilitavam a prática desse desporto da moda que é o surf, o que resultou numa tarde dem dispendida à deriva no Oceano? NÃO!!! Que é como quem diz, "sou o maior, tu quer dizer, mais ou menos, mas aprecia o meu estilo a dizer «xavalo» e vê como estou tão na moda e tão bué da féchane (que agora se diz trendy, mas temos de compensar o atraso) que até faço surf bué da bem, méne, pareço aquele pipal séxi da émetivi ó dos merangos".

E pronto, com um país assim, não vale a pena pagar impostos.

Espero que o que disse não seja tão verdade quanto parece.

dois beijinhos para elas e dois apertos de mão para eles

10/18/2007

Ensaio sobre a soneira

Capuchos Vermelho dava Passosna Mata, quando sai o Lobo da Silveira e pergunta "cu ou vádis?".

E Capuchinho responde: "O que é vadis? Isso nunca experimentei."

E o Lobo da Silveira diz "Oh, menina, é latim, onde é que vai?"

"Ah, vou a casa da minha avó, coitada, que contraiu varizes na perna direita"

"Pois também ela já tem muita idade"

xixi cama e fomo-nos todos deitar.

Boa noite, Vitinho, tem cuidado com o Lobo Mau.

Boa noite, Mãezinha e vá à merda com esses seres imaginários, que eu agora quero aqui é o João Pestana.

E com as conversas do João Pestana dormir com as criancinhas, teve o Ministério Público de não-sei-quêzar uma acção judicial contra o acima referido.

a minha ex

não interessa para nada, por isso é que é a ex, que disparate!

O que eu queria dizer é que isto agora parece que é todos os dias que cá venho.

Vamos lá ver se me surge alguma coisa enquanto escrevo... e escrevo... e isto parece que não pára.

É assim, começa-se a escrever e as ideias começam a organizar-se na cabeça e depois surge um texto desorganizado. Isto porque enquanto as ideias se organizam, ainda estão desorganizadas.

Depois volta-se atrás, a não ser que se seja o Lobo Antunes, não o cirurgião, ou que não se tenha tempo.

Que saudades da Escola Alemã, onde se pensava. Agora só se percebe. É como se tivéssemos Matemática da Empresa, Matemática das Nações e Matemática assumida. E depois Direito, que até tem sido divertido.

Mas não se lê uma porcaria de um livro, não nos deixam quase tempo para isso... Como é que as nossas cabecinhas se desenvolvem se só nos dão fórmulas e exercícios de repetição em que bate tudo certo. É muito coerente, mas depois tanta coerência, faz-nos ficar estúpidos e quadrados. Os exercícios de Contabilidade Nacional são só acertar contas, mas o Luquinha Brites Pereira acha que é de pensamento profundo, ah! sim! Se as famílias gastam mais do que ganham, têm de ir tirar dinheiro das poupanças! Ah! Que profundo!!! Fantástico!!! A ver se alguma vez o Goethe ou o Shakespeare se lembravam de semelhante subtileza!!!

Atrasados mentais.

Não quero ficar assim.

Mas talvez este decora conceitos, decora fórmulas relacionadas (ou não) com os conceitos [epppa, isto está a ficar grave, ainda bem que revi, tinha escito "conseitos"] seja só para começar. Mesmo assim... faz falta um cadeira de criatividade! Está tudo muito fechado e sistematizado, não é análise nem síntese nem nada, é decorar!

Bem, ficou um desabafo de mais um que está a sofrer com a porcaria de País que temos.

Este post, realmente foi só uma lamentação a acrescentar ao muro...

Uma braço

10/17/2007

Já cá não vinha há uns tempos largos

E é assim, quatro meses de férias e um princípio de ano lectivo na Católica, onde as pessoas no geral são mais giras do que na Nova, onde estou agora.

A Nova é sexe, mas, queridos, realmente somos um bocado diferentes, se achais que eu digo disparates e estupidezes para ofender, então podeis ficar ofendidos.

Também tive azar. E depois sorte. E agora aind anão [e anã casaram-se e 20 anos depois em casa deles já se somava 2,10m de alturas, mesmo depois da morte da mãe-anã, porque o filho saiu normal [isto foi só um disparate, porque estou disléxico e coloas pavalras e troco tudo e assim, e agora vou explicar porquê]] sei se estou com azar ou sorte.

Passa-se que me saiu, num grupo de trabalho de Introdução à Empresa, com o Prof. José Mata Quem Fala nas Aulas e Tenta Sair Mais Cedo e Vasconcellos, uma côléga que queria ter ido para Medicina e, (como ela diz:) comé óvio, não entrou, porque além de ser mega-autoritária nos trabalhos, tentar fazer tudo sozinha, quando se deve fazer em grupo e fazer MAL, é feia, usa lentes de contacto azuis por cima de írizes (íris no plural não deve ser assim, mas é tarde e amanhã levanto-meàs 7) castanhas-escuras e tem uma voz e maneira de falar com um poder de reviração de globos oculares absoutamente beyond (agora em Economia e Gestão usam-se muitas palavras inlgesas para ser mais sexe, por isso é que também se diz que a Nova é sexe).

O azar (referido acima) foi esta pessoa, que queria ser médica e que, se fosse médica, aluninha exemplar/fraude como é, ia agendar gripes e meningites e até as ia ter pelos doentes, para depois se gabar que fez o trabalho todo sozinha.

Agora a sorte: o ser entrou em Ciências da Saúde. Para mim foi dupla vitória, porque se foi embora da Nova (que desde então ficou muito mais sexe, embora aquelas lentes de contacto... saudades daquela beleza... logo pela manhã... bem, mas a vida continua:) e também, confesso, porque não entrou para Medicina (uma das razões pelas quais escrevo "Medicina" com maiúscula).

Como se escreve na escola: "e finalmente, a dúvida: azar ou sorte?" Bem, a menina, chamemos-lhe Carina, embora ela se chame Ana, era quem tinha o número de telefone da pessoa que nos dava informações sobre empresa (sobre [desculpem o sobrerepetimento da palavra "sobre"] a qual estamos a fazer os trabalhos de grupo). E agora não nos dá o número dessa pessoa.

Bem, o que se quer dizer é que agora, a minha sorte ou azar depende da existencia de uma mensagem com um número de telefone...

E pronto(s). É um post que aqui está, a porcaria do costume, mas foi o bocadinho de tempo que tive e não estava inspirado, mas também isto é semqualquerideia e quem não quiser ler, mais vale ir beber um cafézinho ou ver um filme - não, desculpem, isso é quem não preparar as aulas práticas de Introdução à Macroeconomia. Uma belíssima cadeira, de espaldar alto, madeira rija, era o que me apetecia mandar à cara do assistente que nos mandou fazer uma loucura de exercícios que não se deu ao trabalho de explicar, só nos indicou um formulário com letras avulso que ele dizia que eram fórmulas. Vá lá não serem as célebres equações de Maxwell, que ninguém percebe, mas que são tão bonitas, a perfeição, até prova em contrário [note-se o uso de uma escalação, agora que engrenei nas literaturas entro para Gestão, o admir´vel Mundo Novo das Continhas].

Ah! E um apelo, deixem lá a Maddie e aquela gente toda. Que se descubra a verdade, mas que acabem os bitaites. É que falam imenso sobre isso, mas depois um desgraçado faz uma piada (tempo-de-secura.blogspot.com) e caem-lhe os estúpidos que se acham sabe-se lá o quê todos em cima. Só para que se saiba: os judeus, naqueles campos de férias fantásticos lá para o meio da Europa, lá para a segunda metade da primeira metado do século XX contavam piadas uns aos outros, os que sobreviviam, claro, mas no fim morreram quase todos e eles sabiam isso, e tinham mortes horríveis (o que eles também deduziram, os mais espertos) e mesmo assim faziam e contavam piadas sobre a situação. Petanto deixem lá as pessoas viverem as vidas delas. Desde que seja sem maldade, acho que tudo se pode dizer.

Bem, uma braço. Desculpem este post, mas já lá iam dois meses e alguma coisa e eu queria mesmo escrever aqui qualquer coisa.

Outra braço

8/01/2007

Os negócios são todos iguais, mas há uns mais escuros que outros

Vou tentar escrever sobre discriminação sem pensar antes (semqualquerideia, né?)

Há pessoas que não sabem viver.

Quanto é que faltará para termos um Presidente da República preto? Por que é que algumas mulheres que são menos competentes passam à frente de homens mais competentes quando se candidatam a trabalhos em empresas ou em coisas do governo?

As pessoas querem fazer uma sociedade onde brancos e pretos sejam irmãos, mas para isso, a mãezinha dessa gente não poderia ser uma senhora lá muito certa.

Nós, de facto, somos diferentes uns dos outros. Há gente competente, inteligente e de quem eu sou capaz de ser amigo de todas as raças, credos, ...

Não percebo por que é que para não se discriminar se prejudica gente que é mais competente e inteligente. Se afinal somos todos iguais, que diferença é que faz se há 30% de mulheres na Assembleia da República ou 10% de pretos no Hospital de Sta. Maria?

Eu, por exemplo, sou contra os desonestos. Também vou ter de contratar 20% de desonestos para as minhas empresas, para mostrar que afinal não sou racista? Ou basta ter lá dois pretos e uma opus a servirem cafés e passo logo a ser um cidadão às direitas?

Que imbecilidade.

Somos todos pessoas. Somos todos gente. Toda a gente escolhe as pessoas com quem se dá. Estarei a discriminar as empresas que vendem caro e mau, ao comprar numa que vende barato e bom? Não! Então por que é que estou a discriminar ao contratar um branco com um currículo brilhante em vez de um preto que não está apto? E se eu só conseguir encontrar pretos para trabalharem numa empresa minha? Estou a discriminar os brancos? Se calhar telefonam-me a pedir para encaixar lá uns opus ou uns maçons, dependendo do banco que me financiar.

Querem tanto ensinar as pessoas a não discriminar, que acabam por afectar o que deveria ser natural. O resultado é fetástico, claro!

Está tudo doido.

quem é que tem este à vontade a tocar à campainha que parece o meu Pai quando não tem chaves e está aflito para ir à casa de banho?

Ah! Claro! É o homem que vem contar o gás...

Mas depois foi educadíssimo, até perguntou "Pode-se?".

7/20/2007

Anúncio

Descobri que, segundo o meu livro do código da estrada, está prevista, neste, uma cor nunca antes vista, uma cor talvez digna dos deuses, uma cor que altera todos os conceitos cromáticos desenvolvidos, sentidos, vividos até hoje. Segundo o meu livro do código da estrada, existe uma cor, da qual talvez nem o próprio Dossieicos, deus da Burocracia, residente no prédio urbano designado "Residências da Herdade do Monte do Olimpo", Lote 3, 4ºE, com o código postal 7960-228 Vidigueira, filho de Transitus, deus geral de viação, com residência sita no mesmo lugar e de Antipatheia, deusa das meninas da DGV, escolas de condução e entidades similares, residente na Rua General Norton de Matos, nº1, 1ºEsq, seja digno!

Esta cor está acima do cintilar das estrelas, acima mesmo da compreensão humana, como tantas outras regras de trânsito, tais como a circulação em Auto-Estradas de veículos que efectuem transporte de explosivos, que não podem andar a mais de 50km/h por restrição do Código da Estrada, mas que afinal sempre podem andar nas Auto-Estradas, onde só podem entrar veículos que possam atingir velocidades superiores a 60km/h.

Esta cor mete os diamantes de volta nos buracos de onde saíram.

Esta cor mete qualquer simples azul-celeste, verde-esmeralda ou preto-tomé noutros buracos ao lado dos dos diamantes.

É uma cor que não está ao nosso alcance, pelo menos dos de entre nós que não efectuam transportes de objectos indivisíveis que façam o comprimento do veículo exceder os 3,5 metros de largura ou os 20 metros de comprimento.

Podemos pensar que ao usar os piscas, estamos a cometer o acto de soberba que seria um comum condutor de um mero ligeiro de passageiros usar tal sublimada e grandiosa cor.

Mas não, os piscas são meramente alaranjados (não há cá "cores-de-lanranja") ou brancos para a frente e alaranjados ou vermelhos (nem "encarnados") para a retaguarda (que eles não sabem bem se é "a retaguarda" ou "a rectaguarda", mas têm a certeza de que nunca na história do Universo se chamará "trás"). Nada que se compare com a divina cor, que ultrapassa um humilde Pôr-do-Sol no Pacífico Sul ou ainda o mero cintilar de uma super-nova a milhões de quilómetros de distância.

Tomara que um dia também nós, os comuns titulares ou candidatos a titulares de Carta de Condução para a Categoria B pudéssemos usufruir de tal cor.

Mas não me parece que algum dia alguém nos veja a usar a notável, mais-que-cintilante, sublimemente vibrante, divina, transversal, oblíqua e longitudinal, retaguárdica, via-de-trânsitica, ligeira, pesada, tractor-agricolíca, quadricíclica, mecânica cor que é o amarelo-intermitente.

7/11/2007

Mas o que é isto!? Gerovásio, está parvo?!

Gosto muito da pontuação assim...!?!

Mas não era sobre isso que eu queria escrever.

Hoje fiquei muito desanimado com o nosso Paíszinho e com a minha ultimate prova de tancice e estupidez.

Fui fazer o exame de código. Foi assim:

Saí de casa.

Check chaves? OK

Check carteira? OK

Check telemóvel? OK

Check papelinho que me deram na escola de condução? OK

Check bilhete de identidade? OK, com reservas: "fotocópia"

Fui até ao metro, apanhei o metro, saí em Chelas (coitado do Conde de Chelas, o que lhe fizeram ao condado) e tentei encontrar a APEC. A APEC é um sítio muito giro onde deve haver mais cunhas e batotas do que as que a Bárbara Guimarães deve ter para poder ter aquele programa fantástico onde se pergunta aos intelectuais se as personagens dos livros deles também vão à FNAC.

Disse ao que ia na secretaria, a menina mandou-me sentar-me na sala de espera depois de ter atendido a amiga dela que me passou à frente e que era Mãe do Ricardo e da Fábia Cristina, se não estou em erro.

Aguardei mais ou menos uma hora, apareceu um velho senhor (mesmo um senhor velho) que fez a chamada. Agora sou o Francisco Marques Pinto, mucho gusto.

O senhor pediu-me a licença de aprendizagem e o BI, perguntou se a fotocópia era o original e tentou descompor-me por não ser. Eu perguntei três ou quatro vezes se não dava, ele disse que não. Mandou-me à secretaria. A menina estava a falar com o filho que, se não me engano, não sabia o que é que havia de tirar do frigorífico para comer. Tive de esperar que o menino se calasse e fosse almoçar e a menina lá me disse que nem pensar, que horror, uma fotocópia!!!

Pronto, eu também fui estúpido em não ter levado o Bilhete de Identidade original, mas o velho escusava de ser malcriado. Eu não fui...

Bem, e agora é mentalizar-me da perda dos 120 euros, de que eu gostava tanto, um deles até foi uma moeda de 1 Euro da Grécia, de que eu gostava tanto, e do atraso...

E estudar código, para ter mais probabilidades de ser aprovado no dia 23...

Mas agora: se eles não fossem picuinhas com as regras, eu já podia ter passado e estaria agora feliz e a gostar deles, por me terem feito o jeito, q não teria prejudicado ninguém, mas neste País temos de adoptar os maus costumes dos outros Países europeus, para ver se saímos da cauda da Europa e vamos para lá do Mediterrâneo onde só há desonestos e miséria(s).

Amargamente,

Uma braço,

Francisco (se é que me soube identificar)

6/13/2007

Apetece-me mais escrever do que ler. E como não tenho nada para fazer, cá vai merda.

Capuchinho Vermelho - uma análise à sociedade lisboeta no princípio do milénio III

Capuchinho vermelho ia a sair de casa, quando a sua Mãe lhe pediu para levar uns bolinhos que tinha feito, à Avó, que estava de cama.

Capuchinho explicou à Mãe que não percebera que os bolinhos eram para a Avó e que os tinha comido.

- Ai, Sónia Raquel! Vais apanhá-las, mas é que desta é mesmo, ora anda cá que já vais ver como é que elas mordem!

E tentaram solucionar o problema, mas a porrada não fez os bolinhos voltar, apenas quimo.

Então, a Mãe da Capuchinho lá fez umas panquecas e mandou um doce de avelã para a Capuchinho dar à Avó.

Capuchinho saiu do 3º-H, percorreu o caminho até ao elevador, sempre com uma lancheira com umas caixas da Curver estilo Tupperware com as panquecas e o doce e foi a correr até ao Metro.

No metro, encontrou um mendigo barbudo:

- O que é que levas aí no termo, menina?
- Ai, é uma coisas para a minha Avózinha que está doente...
- E onde é que mora a tua Avózinha?
- Na Rua das Trinas, 87, 1º andar.
- Tassebem...

Capuchinho continuou o seu caminho até à rua onde Cesário Verde viveu [já estamos a aprender], tocou à campainha do 1º andar, subiu, saltou um degrau podre, bateu à porta lá em cima, a brasileira que vivia com a Avó, para a Avó não estar sozinha à noite, abriu a porta e Capuchinho entrou.

Chegada ao quarto da avó, ao fundo do corredor à esquerda, a velhinha simpática começou a falar:

- Olá, querida, ai, então? Viestes visitar a tua velhota, foi?
- Oh Avó, a Avó que até era uma senhora queque está a falar de uma maneira esquisita!
- Ai filha, não ligues, é do Parkinson...
- Mas a Avó não tinha era Alzheimer?
- Porra, que não mando uma pá caixa - diz a Avó entredentes.

Capuchinho, chegando-se, tem, então, uma reacção inesperada:

- AHHH! É o mendigo que eu conheci no metro! Então, como é que está? Por acaso não viu a minha Avó, não?
- Pá dá cá mas é os bolos que a velha já cá não canta...
- Então? Como é que se pede?
- Se faz favor...
- Ah, bem, tome lá.

E chegando-se, Neide Marcelina, a empregada brasileira perguntou, baixinho, a Capuchinho:

- Ô menina Sônia Raquel, sua Avózinha ficou estranha, desde que eu voltei de ir ali no café com o meu namor... desde que eu voltei das compras, é...
- Pois, Neide, de facto é outra pessoa...
- Ah, não acha não que devíamos chamar a Polícia para encontrar sua Avózinha?
- Oh, a estas horas já a estão a vender às peças em Marrocos...
- Isso é os carros, as pessoas não dá não...
- Então ligue lá, pode ser que ainda a encontrem.

E enquanto o mendigo comia as panquecas

- Isto é doce de quê?
- Avelã, porquê?
- Nada, mas já comi melhor...
- Pá cale-se.

Capuchinho e a brasileira foram até à entrada do prédio receber os polícias e fazer um plano maquiavélico para tramarem o mendigo.

Chegados lá acima, encontraram o mendigo a dormir, talvez por estar cheio com as panquecas ou por ter, possivelmente, encontrado os Valdisperts da senhora.

Do outro lado da casa, começaram a ouvir-se guinchos. A Avó acordara

- Senhora Maria do Rosário? - gritou prontamente a brasileira
- Sim, Neide, filha, estou aqui no poliban e não consigo sair, este malandro tirou-me o tapete para não escorregar e eu tenho medo de partir a anca a aventurar-me daqui para fora, anda cá, filha se fazes favor
- Vou sim, minha senhora.
- Olá Avó!!! - gritou Capuchinho para o ar, tentando cumprimentar a senhora.
- Quem é?
- É a Sónia Raquel, 'vó.
- Ah! Filha da minha Suncinhas?
- Não, Avó, filha do Pai Vasco.
- Ai, filha, não digas isso do "Pai Vasco" que é tão parolo, anda cá, Neide, se fazes favor, mulher!

Neide foi ajudar a senhora a sair do poliban enquanto Capuchinho e o polícia decidiam o que fazer com o mendigo.

- Olhe, eu já só me lembro da história do capuchinho vermelho, até por causa deste meu corta-vento vermelho
- Encarnado, filha, - interrompeu a Avó assomando à porta da saleta - ai, falhei na educação dos meus filhos - lamentou-se.
- Pois, isso... - cedeu, embaraçada, Capuchinho.
O polícia pigarreou
- Então voltando ao assunto, o que é que fazemos com o mendigo?
- Lá no Brasil seria castrado...
- Ai, filha, não sejas terceiro-mundista! Que horror! - indignou-se a velha senhora
- Eu proponho que vá dentro! - exclamou, como indica a pontuação, Capuchinho.
Indignadíssima com o que a neta dissera, a Avó insurge-se:
- Ai, querida, não digas assim, diz que vá para a cadeia ou assim, agora "dentro", ai realmente não sei onde é que falhei a educá-los estão uma coisa... Pois, mas pronto, acho bem que sim, agora Neide, faça-me o chá que eu vou-me deitar.

Capuchinho apanhou um taxi para voltar para casa, gastando um total de 17 euros com esta aventura (1,30 com o bilhete de ida e volta do metro, volta esta que acabou por não utilizar, e o resto com o taxi). O mendigo foi condenado a 6 anos por burla qualificada, mas saiu ao fim de três, com pena suspensa. A avó bebeu o chá e morreu horas depois. O polícia, nessa noite, quando chegou a casa, deu uma sova à mulher. Neide, a brasileira, eliminou as provas da presença de cianeto no chá da senhora, foi buscar algumas jóias ao fundo falso do armário da Avó, voltou para o Brasil e agora tem um negócio de sucesso de exportação de havaianas.

Morais da história: os maus vão presos, mas conseguem a redução das penas;
as brasileiras têm olho para o negócio;
depois de um dia cansativo no trabalho, alguns maridos descomprimem nas mulheres;
nunca vás da Lapa aos Olivais de taxi, mesmo que te roubem a carteira no metro, sai mais barato.

Nouveau Style du Blogueur

Fui descobrindo recentemente um novo estilo que as pessoas que não têm estilo a escrever usam muito, quando, por motivos de força maior, têm de escrever qualquer coisa (para o jornal de finalistas ou para um blog, por exemplo).

Vou passar a mostrar o nouveau style pseudo-intellectuel du blogueur
baseando-me no tema "finalista".

Piso este asfalto [nunca dizes asfalto, mas tens de dar o ar intelectual, não é?] mais uma vez, como se fosse uma das tantas vezes aqui entrei. Mas não, esta é a última vez que piso este chão, que entro neste edifício onde passei os últimos anos da minha vida.

Ao longo destes anos aprendi muito, cresci, [agora o humor] não só por agora ter 1,70m, mas também [e agora a parte séria] por tudo o que aprendi nestes últimos anos.

A todos os que me acompanharam nesta caminhada [os mais originais têm a mania desta metáfora dos caminhos], o meu muito obrigado/a e espero sinceramente encontrar-vos a todos num futuro próximo, pois este fim é também o princípio de algo, de uma nova etapa das nossas vidas [FETÁSTICO!!!].

Bem, uma braço

6/05/2007

Maddie, self-fulfilling prophecy ou andam a mangar ca PJ

A Maddie desapareceu, o que é horrível e espero mesmo que volte a aparecer saudável e que só a tenham raptado por terem achado que aquela menina na praia da Luz era de menos e tenham decidido fazer a surpresa de a levar para um sítio muito mais giro durante uns dias - já ia era sendo tempo de telefonar a dizer que estava tudo bem.



No entanto, mesmo que tivesse sido esta a ideia, com a pressão que os nossos queridos meios de comunicação (portugueses e ingleses) fizeram sobre o assunto e sobre a PJ, os amigos da Maddie que a tivessem levado de férias para as Maldivas ou assim, já estariam sob um stress tão grande, que provavelmente, para não correrem riscos, já teriam ido ensiná-la a nadar no sítio dos tubarões, eles no barco e ela na água. E um gin tónico a acompanhar (isto hoje está um calorão).

Bem, já se percebeu por que é que um dos títulos é "Maddie" - e a sério: quero mesmo que a miúda volte, mas estou a ficar sem esperanças... Vamos então à self-fulfilling prophecy e aos manganços(?) com a PJ:

As pessoas e alguns ingleses convenceram-se que a nossa PJ, que é das melhores "inteligências" do Mundo, só faz é porcaria e ia desleixar esta história da menina loirinha desaparecida. O que aconteceu, então, foi o seguinte: começou a haver grande pressão sobre a PJ, foram forçados a dar informações que ainda não deveriam ter dado, facilitou-se a tarefa aos maus - ou possivelmente estes sentiram-se pressionados e ocorreu a tal aula de natação com os tubarões (e o gin tónico fraquinho com 5 pedras de gelo, que isto hoje está um calorão - desculpem a inconveniência), pelo que as probabilidades de a miúda voltar sã e salva infelizmente baixaram.

A self-fulfilling prophecy é o seguinte (não ficou muito claro): assumiram que a PJ não ia ser capaz de encontrar a miúda em condições de ser entregue à família, exerceram tanta pressão (com a boa intenção de evitar este fracasso da PJ, mas com a grande estupidez e soberba de não deixar os profissionais fazer o trabalho deles), que os maus acabaram por ter acesso a informações para fugir - ou então sentiram-se, os próprios maus, tão pressionados com a divulgação, que acabaram por fazer o que ninguém que ainda tenha alguma sanidade mental queria e que eu não sou capaz de escrever.

5/30/2007

Post número 100

É verde há-de. Post no mero sem. E comes tábua consul dados do nonsense fonético, de cid e vira qui dei xarumba men sagem só paradiso ergue real mente cem posts e mês mumu into.

E pronto, está muito és tu, pido? mas cada um sabe de si e a liberdade de expressão real e infelizmente pode resultar nisto...

Uma braço à Pero 'tado...

estudo pos-surreal (mas isto afinal é pseudo-intelectual de direita ou não?)

Era uma vez um menino que era filho de uma senhora, que lhe disse que ele era filho do padeiro. O rapaz não quis acreditar, foi à cozinha, pegou numa faca e tentou matar-se, mas como era da véspera, estava rijo e a faca não entrou. Valeu-lhe a abertura fácil dos novos pacotes de leite.

(não é preciso perceber, mas acho que se percebe o que é que o padeiro vendia além de pão)

5/28/2007

Abifeia

Acabei o 12º ano e fiz 18 anos.

Na festa de finalistas uma colega minha e eu fizemos uma breve apresentação sobre 5 obras literárias que lemos nos dois últimos anos de escola.

Pediram-me para publicar "a crítica literária apresentada no Abifeier", que eu calculo que seja o mesmo que dizer "os textos que serviram de base para o que apresentaste na festa lá da escola (Abifeier)", portanto, cá vai:

[Só uma observação, o texto que está entre as indicações de "cena" foram sketches, gravados na véspera, o resto foi lido/apresentado (mais lido, porque não ensaiamos quase nada e não tivemos tempo para decorar). Agora é que é:]

Nestes últimos anos aprendemos muita literatura.

O primeiro livro de que me lembro foi o Rei Édipo.

[cena]


Tebas. O drama, o horror, a tragédia…

[/cena]

Édipo diz que vai limpar a nódoa que tem a culpa, mas ainda nem sonha que ele próprio é essa nódoa

[cena]

(rapidamente)- Isto é a ironia trágica.

[/cena]

Vou então explicar a história:

Theiresias, o oráculo, professa que o menino Édipo, quando crescer, se vai deitar com a Mãe dele.

[cena]

- Quando ele for grande, vai ser…

(Jocasta) – Engenheiro?

- Teu marido!

- AHHHHHHHH!

[/cena]

Para o evitar, a família dos reis de Tebas corta os calcanhares ao menino Édipo e manda-o à sua sorte para uma espécie de aldeia SOS. Ele acaba por ser adoptado pelos reis da aldeia SOS e convence-se que esta é a sua família biológica.

Anos mais tarde, vai ao oráculo e este diz-lhe que ele se iria casar com a sua Mãe. Para o evitar, Édipo dirige-se para a sua cidade natal (a dele) – Tebas – não a aldeia SOS. Ao chegar lá, desvenda o enigma da esfinge que causava grande desgraça na terra…

[cena]

-3 patas? É um velho!

- Certo, porra!

[/cena]

…e é-lhe dada em casamento Jocasta, a sua Mãe:

[cena]

(Jocasta) – Eu, Jocasta Maria do Espírito Santo Rebello Machado de Oliveira e Sousa, aceito-te a ti, Édipo, como meu esposo.

[/cena]

E anos mais tarde aconteceu a desgraça que expliquei antes da analepse.



Em Português, lemos Os Maias, de José Maria Eça de Queiroz, com z.

É uma grande história, interminável para muitos…

[fotografia de desastre de automóvel]

E agora que já vos alertei para o perigo na estrada, vou alertar-vos para o perigo do amor livre:

Carlos da Maia, um rapaz de sucesso, neto de um senhor quase revolucionário (Afonso da Maia), filho de um nhanhas (Pedro da Maia), que acaba por se suicidar, para ser um herói romântico.

[cena]

(Pedro da Maia)- aaaaaaaaaaaaaaaa

[/cena]

Conhece uma menina ao passear pelos Olivais, de seu nome Maria Eduarda.

[cena]

(Mª Eduarda)- Chamas-te Carlos Eduardo? Eu sou Maria Eduarda! (palminhas histéricas)

[/cena]

Nesta altura, poder-se-ia ter dado a anagnórise (descobriam que eram irmãos), mas Eça de Queiroz tinha feito uma aposta com Antero de Quental, a ver quem fazia o livro mais extenso, pelo que nos ficamos por um indício trágico. A anagnórise propriamente dita, dá-se, portanto, mais tarde.

[cena]

(Ega)- Sabes quem é o Pai dos filhos de Zebedeu?

- Zebedeu?

- E sabes quem é o tio dos filhos da Mª Eduarda?

- Sou eu?????

- Yup…

[/cena]

E a tragédia ocorre

[cena]

(Afonso da Maia)-AHHHHHHHHHHHHHHHHH

[/cena]

Afonso da Maia morre com a desgraça e Carlos da Maia e João da Ega tornam-se personagens da comédia.




Em inglês, estudámos Macbeth, de William Shkespeare, uma obra que na altura era para o povão, mas que hoje em dia, só as elites conhecem.

Três bruxas, ou irmãs estranhas, dizem a Macbeth e a Banquo, que o primeiro vai ser rei e que a geração do segundo também vai chegar ao trono.

[cena]

(bruxa)- Tu, vais ser rei e tu (para Banquo), a tua geração vai chegar ao trono.

[/cena]

Macbeth fica deveras entusiasmado e manda uma carta à mulher.

[cena]

(Macbeth – para o fundo)- Olha lá, Rei é com “e” ou com “a”?

[/cena]

A mulher de Macbeth entusiasma-se com a ideia e leva-o a matar Duncan (o Rei) e, seguindo uma interpretação moderna, dá-se aquilo a que na gíria chamamos self-fulfilling prophecy – Macbeth torna-se rei, porque as bruxas o disseram. Tal também acontece em Édipo, mas aqui é mais óbvio ainda. Com a culpa, a Lady Macbeth desenvolve um complexo de Pilatos, enlouquece e acaba por morrer fora de cena.

[cena]

(Lady Macbeth)- Provei provei provei, batatas com bacalhau, comi comi comi, comi e não era mau, provei provei provei… (até sair de cena) AAAAHHHHHHH (barulho de cadáver a cair no chão)

[/cena]

Enquanto isso, Macbeth vai matando todos os que questionem a sua posição, tornando-se um tirano. Os outros nobres acabam por se organizar contra Macbeth e matam-no. Malcolm, filho de Duncan é eleito rei, a segunda profecia das bruxas afinal era mentira.

[cena]

(Banquo)- Então e os meus filhinhos? {nota: este sketch não apareceu}

[/cena]





Também estudamos uma pequena e famosa obra de F. Scott Fitzgerald.

Jay Gatsby aparece no bairro dos novos ricos em Nova Iorque pelos anos ‘20, quando os Estados Unidos estavam na moda. Gosta muito de mostrar que é rico, mas ninguém sabe nada sobre as suas origens.

[cena]

(americano qualquer, confidenciando) - Acho que é maçon…

[/cena]

Ao envolver-se com a alta sociedade nova-iorquina, envolve-se também em vários problemas muito complicados, que não vou explicar, para mais informações leiam o livro.

[cena]

(um senhor num sofá a ler o Gatsby)- Muito bom…

[cena]

Descobre-se que afinal Jay Gatsby tinha outro nome e tinha subido na vida a vender álcool durante a lei seca. Tudo isto para engatar Daisy, uma americana rica e sexy,

[fotografia de mulher feia esfarrapada/vadia, seguida de americana dos anos 20]

casada com um bronco multimilionário, Tom, que tinha uma amante pobre.

[fotografia de mulher feia esfarrapada/vadia]

O marido da amante de Tom descobre o caso.

Ao voltar de Manhattan, do Plaza, ali ao Central Park, na esquina da 5ª avenida com a rua 59…

[fotografia do Plaza]

…Daisy atropela a mulher de Wilson, amante de Tom, ao volante do descapotável de Gatsby. Wilson, para se vingar, vai matar Gatsby. Prova-se que afinal não valia a pena realizar o american dream.

[cena]

(Wilson dispara sobre Gatsby)

(Gatsby)- Afinal não valia a pena realizar o american dream, adeus mundo cruel.

[/cena]






Outra obra foi Fausto, de Goethe.

É a história de um velho que estava farto de saber tudo e que faz um pacto com o diabo.

[cena]

(Fausto)- ok, então, quando me arranjares uma situação super-hiper-mega-ri-fixe, tipo sexo (risos de nerd a falar de sexo), eu fico à tua disposição

- Feito

[/cena]

Mefisto faz uma extreme makeover ao Fausto e vão à procura de meninas.

[cena]

(Mefisto - abixanado)- Portanto, fizemos-lhe um lifting à cara, tiramos aquela pele toda flácida que ele tinha na barriga, arranjamos-lhe os dentes…

[/cena]

Fausto acaba por escolher Gretchen, uma menina inocente, que, devido a um passe de mágica simples de mefisto se apaixona por Fausto.

[cena]

(Gretchen)- Ai! Aquelas maneiras dele, aquele arzinho dele, aquela maneira de falar dele!

- Vai na volta é paneleiro…

[/cena]

Fausto decide então dormir com a Gretchen. Para terem sossego, Fausto manda Gretchen dar vários Valdisperts à sua Mãe (dela). A velha acaba por morrer com uma overdose. Gretchen fica à espera de um bebé e a sua vida fica destruída.

[cena]

(Gretchen)- Opa…..

[/cena]


_______________________________________

E pronto, foi isto que a Joana Valente e eu apresentámos no Abifeier.

Uma braço aperta do

5/02/2007

bem quis parecer

Bem me parecia que já não escrevia aqui havia muito tempo. E assim é: dois meses e nem sequer me dignei a ir à Fnac comprar o Hamlet e a Mme. Bouvary, desisti do Processo e comprei um livro do mesmo autor do livro que eu afinal queria comprar (que é o The Human Stain, acabei por comprar o Everyman, por questões de ruptura de stock).

E é assim, eu bem quero, mas o tempo e a vontade escasseiam...

Uma braço

3/06/2007

outros interesses

Tenho escrito pouco, mas ainda tenho lido menos.

Acho que vou ver se passo algum tempo a ler e depois logo volto a escrever qualquer coisa.

Se alguém me quiser imitar, vou comprar:

Hamlet, Mme. Bovary, o Processo

Dentro de uma semana já devo ter desistido disto, mas estes livros parecem-me ser bons (foram recomendados pela autoridade máxima de recomendação de livros que conheço).

Também vou ver se passo a ler mais notícias e assim e noutras línguas.

Não me posso deixar ser um troglodita. Não quero vir a ser apenas mais um super-hiper-mega-ri-trilionário...

saudações monárquicas

[agora assustei-te caríssimo único leitor!]

vamos lá

Tenho conhecido muitas pessoas ultimamente, a maior parte acima dos 23 anos.

Tenho descoberto um estilo giríssimo que tenho de passar a descrever: a advogada que se acha sabe Deus o quê.

A advogada que se acha sabe Deus o quê diz logo à partida que TRABALHA. Depois, diz que é ADVOGADA. É, portanto, uma pessoa muito importante, que nós queremos logo à partida conhecer melhor e com quem desejamos fazer amizade.

A AQSASDOQ acha-se normalmente sexy. Normalmente não o é. Pelas observações, deve ser fácil desposar uma, mas deve ser um casamento difícil de manter, visto que a desgraçada TRABALHA que nem uma cadela (o que a deve fazer achar-se ainda mais sexy do que o que ela já se achava, especialmente por causa dos decotes que as obrigam a usar naqueles escritórios), trata os filhos por você até aos 40 anos dos mesmos, não cozinha, trata mal a empregada e deve ter uma atitude estranha na cama. Daí a grande maioria das AQSASDOQ observadas ser divorciada.

Se encontrar alguma, caríssimo leitor, ou mesmo se for uma (estas coisas nunca se sabem), por favor, tente aumentar a autoconfiança desta mulher desfeita, enterrada em trabalhos intelectualmente esgotantíssimos como preencher minutas de contratos pré-fabricados
e explique-lhe que a partir dos 40s é melhor começar a evitar os decotes superprovocadores, por muito que os sócios do escritório tenham mulheres que façam inveja à Marquesa de Alba. Já agora, explique-lhe também que é natural que se sinta cansada, se à noite em vez de dormir passar o tempo a chorar e a tentar perceber se o jipe da putona da outra advogada é mais caro e/ou sexy que o dela.

3/02/2007

Ó PÁ!

A OPA da PT é uma estupidez tão grande:

o tio Belmiro Arrogante com Sotaque do Norte e Azevedo teve uma crise de meia-idade e em vez de comprar um Porsche, decidiu comprar a PT, q é cerca de 110 000 vezes mais cara e mais difícil de convencer o(s) dono(s) a vender e agora além de ter encontrado petróleo, lixou-se, ou como ele diz, lexâu-se, ou como ele eufemiza "ainda estámos numa fáse precóuce da OPA".

Agora é assim, se as pessoas acreditarem que ele consegue, talvez ele consiga, se as pessoas não acreditarem, ele não consegue: se acreditarem, acham que é o melhor para o dinheiro delas, se não acreditarem, acham que é o pior para o dinheiro delas - depois elimina-se a pequena margem de investidores que gostam de perder dinheiro e fica-se com um Belmiro feliz ou com um Belmiro triste...

E pronto.

Mas o que eu acho que o lixou foi ter aparecido petróleo na PT. Se não se tivesse metido com ideias roquefellerianas (que deve ser assim que se escreve esta palavra que não existe) ninguém o tinha obrigado a lixar-se como me parece que se vai lixar.

Uma crise de meia idade mal resolvida é uma porra... e o Paulo Nariz Bicudo Sotaque de Azevedo também está neste petroleiro...

kell

Ó PÁ!

A OPA da PT é uma estupidez tão grande:

o tio Belmiro Arrogante com Sotaque do Norte e Azevedo teve uma crise de meia-idade e em vez de comprar um Porsche, decidiu comprar a PT, q é cerca de 110 000 vezes mais cara e mais difícil de convencer o(s) dono(s) a vender e agora além de ter encontrado petróleo, lixou-se, ou como ele diz, lexâu-se, ou como ele eufemiza "ainda estámos numa fáse precóuce da OPA".

Agora é assim, se as pessoas acreditarem que ele consegue, talvez ele consiga, se as pessoas não acreditarem, ele não consegue: se acreditarem, acham que é o melhor para o dinheiro delas, se não acreditarem, acham que é o pior para o dinheiro delas - depois elimina-se a pequena margem de investidores que gostam de perder dinheiro e fica-se com um Belmiro feliz ou com um Belmiro triste...

E pronto.

Mas o que eu acho que o lixou foi ter aparecido petróleo na PT. Se não se tivesse metido com ideias roquefellerianas (que deve ser assim que se escreve esta palavra que não existe) ninguém o tinha obrigado a lixar-se como me parece que se vai lixar.

Uma crise de meia idade mal resolvida é uma porra... e o Paulo Nariz Bicudo Sotaque de Azevedo também está neste petroleiro...

kell

2/08/2007

Quaise quaiiise

O Abi(tur) está a chegar e acho que convém salientar que agora as coisas começam a não ser tão simples nem tão lineares.

Quer dizer, as coisas são simples e lineares... o problema é que não sei como é que hei-de estudar, se passo o tempo a fazer coisas para a escola: faço trabalhos, saem bem, ou então saem mal... Tal como nos testes... Só me resta rezar, mas a quem? E confesso que acho horrível e detestável rezar para proveito próprio.

Ultimamente tenho andado preocupado com o Mundo todo... É capaz de ser soberba, mas acho que a Humanidade é horrível, acho-me com tendências horríveis.

O ser humano faz os possíveis para melhorar o que está à sua volta - mas o raio desta "volta" é cada vez mais pequeno.

Claro que nunca houve "bons velhos tempos" - o Homem é egoísta, irresponsável, invejoso e ganancioso desde sempre - e é natural: claro que queremos o melhor para nós próprios!

Mas o problema é que muitas vezes abusamos: é tão fácil cagar para os outros, é tão fácil roubar e é tão fácil enganar!!!

Mas afinal, e os que são roubados? O que é que acaba por acontecer com eles? Será que somos nós os roubados? Será que se vai alternando entre ladrão e roubado?

O que é certo é que ninguém gosta muito de ser assaltado.

Acho que devíamos pensar mais nos outros em vez de sermos uns egoístas egocêntricos que andam a fazer do Mundo a porcaria redonda que isto está. Acho muita graça a carros de 500.000 euros, mas não gosto de roubar, nem de ser roubado, nem que andem a roubar os outros.

Devia-se repensar a maneira como o Mundo está organizado e evitar dilemas como "quero ganhar bem, mas não quero ser opus".

Tem de se acabar com a corrupção.

E acima de tudo, temos de deixar de "rezar à noite" por causas individuais - há poucas coisas mais estúpidas e corrompidas que "rezar para que o meu dia de amanhã me corra bem e que o professor até fique lixado a ver como eu estudei e que se faça justiça e que a cabra da Karina (nome fictício) fique mesmo mal, porque aquilo que ela fez não se faz (e assim...)".

Então Deus farta-se de trabalhar para nos fazer chegar a ideia do altruísmo e nós ainda temos a lata de rezar a pedir favores individuais, por muito bons que sejam...?

Temos de nos preocupar com os outros, não podemos viver só para nós.

[é natural que este post não esteja grande coisa, mas queria mesmo mostrar como sou bonzinho...]

1/31/2007

que maçada que é isto do aborto

É assim, isto do aborto é uma chatice.

Mas o que eu acho é que não devia haver campanhas pelo "SIM" nem pelo "NÃO".

Por que é que o estado não se limita a informar as pessoas de factos, números e razões para se penalizar ou despenalizar as mulheres que decidam abortar e se deixa andarem por aí "jovens" a fazer campanhas pelo "sim" ou pelo "não" ou pelo "assim assim"?

É uma vergonha as pessoas andarem por aí a dizer o que lhes apetece e a defenderem com unhas e dentes uma posição, que muitas vezes nem sequer está bem pensada (recorrendo a pensamentos do género "Bem, tenho a voz um bocado afectada, voto não, para parecer que sou religioso, como as pessoas de boas famílias - ai, os Sommer da Gama vão ficar tão impressionados comigoooo por votar não" ou "Bem, viva a revolução social, viva a reforma agrária, ai sou tão de esquerda, o que é que os de esquerda dizem? Não? NAO AO ABORTO!!! Dou-te já aqui 20 boas razões para não abortares, olha, por exemp... Ai é sim??? Então claro... 21 boas razões para abortares..." - quando a pergunta nem é se "vais abortar...")

Também convém ver uma coisa: não estão a perguntar às pessoas se elas abortariam... Nem sequer lhes estão a perguntar o que é que o padre da paróquia delas lhes disse e muito menos se são a favor ou contra a solidariedade social (que parvoíce, mas não queria por só disparates que pareçam contra o não, compreende, caro/a leitor/a, a minha incapacidade e perdoa-a).

Nestas questões que eu, talvez por ser tão novo e inexperiente, acho que são de alta responsabilidade, se decidimos ir votar, o que se tem de fazer é recolher o máximo de informação possível e pesar os prós e contras do sim e do não, para se tomar a decisão que parecer mais certa. E não convém esquecer a pergunta que é feita! É muito natural que pessoas que já abortaram votem não (porque ficaram traumatizadas e querem desencorajar os outros, ou por outras razões que não tenham nada a ver - não estou a dizer que aconteça, nem que conheça alguém nesta situação, estou só a dizer que é possível) e que pessoas que nunca abortaram e que não querem nunca abortar e que estão dispostas a vender o plasma, o carro e a mudar-se para uma casa mais pequena para não abortarem, votem sim (possivelmente, porque acham que ao votar não estão a privar as outras pessoas de uma liberdade que acham que se deve ter, não sei, nem é a minha opinião).

O importante é que cada um pense por si e viva para si. Os que mais valia não terem nascido, são os que andam por aí a fazer chantagens emocionais e com falsos moralismos.

Não acho mal que uma pessoa diga o que pensa, mas, numa questão tão importante, ao menos justifique o que afirma...

1/29/2007

E pronto, cá estamos

Apeteceu-me escrever um bocadinho, mas inspiração, coitada, é melhor não se falar nisso... Tenho andado cá com uma vidinha... hem? E pronto, cá estamos, e fala-se do tempo e do que sai nos exames e do que se vai vendo por aí, mas com pessoas comuns, só conversas comuns...

Para isso é que tenho amigos, caro leitor único do blog... É para isso que os amigos servem, para se falar de coisas que vão um bocadinho mais além do tempo e que não queremos contar à psicóloga da escola, que, ainda por cima, nunca iria perceber o que é que tem o Kafka a ver com o superego (que ela aprendeu lá algures nos primeiros anos do curso que não era um super-herói, mas que também já não distingue muito bem de uma tuna).

É tão desconfortável estar a falar com uma pessoa que não nos conhece e que acha que este gajo aqui deve ser esperto anda no alemão e já sabia o que é que era uma OPA antes daquele senhor do Norte comprar a empresa dos telefones que afinal também era da TV-Cabo, acho que não vou para economia, dasse, ganda confusão... E que não percebem metade do que eu lhes digo, como eu também não percebo metade do que eles dizem, porque a única coisa que vêm é o crestiano que joga bué da bem e que anda sempre a trocar de babe e que tem bué da massa, já viste, tu que gostas de dinheiro, que ele tem mais dinheiro do que os nossos pais? E eu tenho de fingir que achei interessante o que ele disse, porque ele afinal estava a ser simpático e a falar de dinheiro que é um assunto sobre o qual eu gosto de falar...

Tenho é de ter uma conversa com um destes que goste de literatura... Para ver o que é que acha do erro do sistema judicial alemão (ihh que horror) quando mandaram prender o José Kapa, sem que ele tivesse feito nada de mal, coitado, ou quando o Édipo foi pá cama com a mãe dele e passou a ser pai de si mesmo (pois, porque muitas destas pessoas seguem padrões de lógica do género: se dorme com a Mãe, é o Pai, né? Então... Já se dorme com o Pai, deve ser a secretária - imbecis), ou mesmo que tenha adorado o memorial do convento, porque aquela pontuação transgressora é tão semelhante à revolução social, pois, porque se és intelectual, és de esquerda. E eu sou pseudo-intelectual e sou de direita! Mas também não me venham com merdas de matar pretos, e não me obriguem a dizer "ah! não os matem, que dão jeito najobras! hehehe!!!" - e pensar "mesmo assim são mais úteis do que tu, oh mama-mesadas que não-faz nada da vida"

Pois é, por isto é que se alguém é meu amigo, é porque é alguém de jeito, pelo menos para mim. Se eu gosto de alguém, é porque é alguém com quem consigo falar mais do que sobre o tempo e que sabe que quando digo "Donald" o mais provável não é estar a falar de um pato teso com três sobrinhos incestuosos paneleiros, estou a falar do Trump, na maioria dos casos.

Claro que os outros também têm amigos, e têm os próprios critérios para escolher os amigos. e acham que os deles são os melhores.

Muito bem, somos todos pessoas.

1/21/2007

Corrupção e a sua razao

a unica desculpa para um homem escrever e so por acentos de vez em quando é estar a postar a partir do palm, tal como a unica desculpa para um homem ser corrupto é ter uma pila pequena.

Note-se que uma pessoa normal quer ter aquilo a que tem direito, mas tambem quer merecer aquilo que tem (para que e que quero uma estatua minha a dizer "por nao ter feito nada").

Entao, note-se: um desonesto tem muito dinheiro, mas sabe que nao o merece. O que e que vai fazer? Vai-se tentar justificar. Ou seja: vai pensar em coisas que outros tenham e ele nao, mas que o facto de os outros as terem se deva a injusta e aleatoria sorte, como e o caso dos atributos fisicos - nomeadamente, o tamanho do penis.
Entao, para se conseguir justificar, a fim de poder viver consigo mesmo, o desonesto vai pensar "Eu sou rico e nao o mereço, mas tambem, os meus amigos tem todos pilas maiores do que a minha e tambem nao fizeram nada por isso [=nao o merecem]".

Esta assim demonstrada esta minha teoria.

Caro unico leitor, nao percas o proximo post: "Como e que o desonesto sabe os tamanhos das pilas dos amigos..." e "Desonestidade e paneleiragem promiscua - uma relaçao intima que explica outras relaçoes intimas"

[parece um bocado incoerente, mas o que quero dizer e que os desonestos sao uns frustrados e uns falhados - e muitas vezes acabam assim, por viverem um vacuo kitsch, financeiramente excelente, mas corrompido, em vez de uma viverem uma vida decente, desde o momento em que desistiram dos valores que nao interessam (e que cada vez parecem interessar menos)]

1/06/2007

relativamente chato

Ha coisas horriveis: crianças a morrer a fome, guerras que nao se percebe muito bem para que e que servem nem quando e que acabam, senhores com bigodes a serem filmados a morrer com uma corda toda trendy ao pescoço, pessoas que para matar outras pessoas se suicidam e faltas de electricidade... Realmente, quando falta a electricidade e um transtorno: e mais facil passarmo-nos todos ca em casa quando falta a electricidade, do que quando morrem 95581562532 mil crianças a fome... Mas nao e por mal, é simplesmente porque estas faltas de electricidade nos dao cabo dos nervos... Isso e os estupidos que nao escrevem com acentos nestes textos: como e que e possivel vivermos num Pais assim???