9/13/2012

Coincidência

Decidi dar um salto aqui no blog e ver os rascunhos. Descobri um texto da passagem de ano de 2007 para 2008 e decidi publicá-lo. Não sei porquê, estava em rascunho.

É especialmente giro para mim, caro único leitor deste blogue (umas vezes escrevo de uma maneira, outras doutra - é porque me apetece), porque é um texto sobre a viagem que me fez escolher o destino de Erasmus! E embora na altura não tivesse um grande mapa de Paris na cabeça, agora vejo do que estava a falar! Por muito mau que seja o mapa de Paris que tenho na cabeça.

Tenho só dois erros a corrigir: a estação ao lado do Musée D'Orsay não é de metro, acho eu, é de RER que é mais tipo comboio. Linha amarela, se não m'engano.

Pointiisme em Português, descobri hoje por coincidência - daí o título deste post! Eu realmente não deixo nada em aberto, salvo seja - é Pontilhismo (li na Super Interessante). Os pontilhistas achavam que as cores tinham relações matemáticas (havia de ser relações qué, entre as cores - já dizia uma amiga minha) como as notas de música! Ganda ideia!

Bem, uma braço.

Bónánê

Que é como lá na France a gente desíamos às pessoas.


Estive com a minha irmã, cunhado e um amigo (deles) em Paris, numa casa empresatada por um senhor extremamente generoso, que com a sua ausência nos fez sentir completamente À-vontade em casa dele. Por sorte conseguimos não partir nada, nem deixar lá nada que ele não quisesse, nem trazer nada que ele não quisesse que nós levássemos (embora esta última tenha, provavelmente, a ver com uma questão de gosto).


Paris é espectacula, eu, pelo menos acho. E os 55.000.000 de italianos, 859.000.000 de asiáticos e a família etno que não prava de empurrar na bicha para o Space Mountain também me parece terem gostado.


Passear por Paris é giríssimo, mas sai caro e o café não é gande coisa. De resto, acho que é das melhores coisas para fazer numas férias. Portanto, levar um termos com café de cá e ganhar muito bem transformam Paris na melhor cidade que, pelo que eu conheço, se pode visitar.


Há também, na altura do fim do ano, o roblema das bichas, ou filas, para os mais correctos, mas Paris tem o problema das bichas nos dois sentidos, portanto dá mais jeito dizer assim. Mas depois de passar um dia na Disney, as bichas (filas) tornam-se quase rotina e deixam e incomodar. Quanto às outras bichas, paciência, mas também ninguém me apalpou.


Se alguém fr a Paris, tem de ir a Montmartre e descer do Sacré-Coeur até ao pé do Moulin Rouge, passar pela ópera e fazer umas compras na place Vendôme, que é um espanto. Depois, pode tentar almoçar por aí - o nosso esquema da sandezinha de coiratos foi do melhor para não precisarmos de parar e gastar 5 ordenados mínimos de cá para almoçar. Depois de amoço, ou de descansar um bocadinho, é capaz de valer la peine andar na roda gigante, para se ter uma noção. (eu não fiz isso, porque era caro e tinha de se esperar imenso tempo, além disso, se noutro dia se for passear para os Champs-Élysées, pode-se subir ao Arco do Triunfo e ver o efeito em estrela das avenidas, e depois de se descer, apanhar a Avenue d'Iena até ao Trocadéro e depois subir à Torre Eiffel, de onde a vista é de mais alto, como se diz quando não se tem nada para se dizer - se o último andar não estiver lotado. Isto, com poucas bichas, faz-se numa manhã, com muitas bichas, é mais difícil não ser apalpado, mas dá) Depois da roda gigante, compre-se umas castanhas assadas a um monhé que lá anda, porque não há quase castanhas podres, o que acaba por sair mais barato do que em Lisboa, onde se paga €2 por 11 cstanahs podres e uma boa (lá é €3 por umas quantas, não contei, ou €5 para eles se ficarem a rir de termos pago 5 euros por umas castanhas) e vá-se passear pelo Jardin des Tuileries, que vai dar a uma casotinha que diz que é o museu do Louvre, e que tem lá um quadro dum travesti a olhar de lado, desenhado por mais uma bicha, que acho que era muito inteligente, mas italiana, como pareceu à minha irmã ser a população de Paris. Não fomos ao Louvre, porque já toda a gente viu o tal quadro do travesti e a outra rapariga semi-nua sem braços nem pernas. Fomos, noutro dia (dá para ir a pé desde o Louvre) ao Musée D'Orsay, que, foi uma estação de comboios, mas estava tão bem decorada, que devem ter achado, nos anos 80 (1984, se não me engano, mas isso é só pesquisar no Google), que mais valia cobrar bilhete mesmo só para entrar e chama-lhe museu, há uma paragem de metro mesmo ao pé, portanto o comboio ali também não ia ter muita utilidade. O Musée D'Orsay tem umas coisas de que eu gosto muito, e que realmente era mal empregado estarem ali à mercê dos viajantes de comboio: colecções Naturalistas, Impressionistas e Expressoinistas. Vale a pena comparar o Monet com o Pissarro (descendente de Portugueses de Bragança, segundo a Wikipédia), têm quadros mesmo perto: parece que o Pissarro não tinha muito jeito e que fazia como as impressoras para chegar ao que o Monet fazia com meia-dúzia de pinceladas, mas não, o Pissarro era pointiista (não sei se é assim). De qualquer maneira, o expressionismo é o que eu gosto mais, do que lá vi: o van Gogh é uma espécie do representate, para mim, do expressionismo. A colecção naturalista (acho que no 2º andar) tem pelo menos um quadro vedadeiramente impressionante (Calvary, Nikolaï Gay, que, a meu ver, faz a arte sacra cair em si) e um giríssimo, a "Véspera do Exame", Pasternak.


Pronto, queria escrever mais, mas tenho de me ir deitar.


Ôrrevuar

Alta sociedade portuguesa

Acabei de ver uma noticia num mural do Facebook chamada Jovens da Alta Sociedade Portuguesa.

Como tinha de aceitar uma aplicação e eu não gosto de aceitar aplicações - até porque não é assim que se diz, mas eu nisto de escolher verbos sou muito liberal - fiz uma pesquisa no Google.

Procurei então jovens da alta sociedade portuguesa (no Google, não na vida real, e reparei que o afamado motor de busca sugere logo a expressão quando se começa a escrever) e o que foi devolvido (mais uma vez, fui liberal com o verbo) não foram imagens ou notícias de miúdos ou miúdas de 20 anos a andar de Ferrari, a ir às compras aos Emirados Árabes Unidos ou a passar o fim‑de‑semana em Nova York com um amigo mais velho. Eu ainda pensei "será que temos uma jeunesse dorée, tipo os filhos do Sócrates são amigos do filho da Margarida Rebelo Pinto e juntam-se em tertúlias onde discutem se para ganhar dinheiro é preciso ter qualidade e se a honestidade é um entrave ou uma virtude?".

Mas (não se começa assim uma frase, mas eu sou liberal) não! O que se vê não é tão chocante como o que pensei, mas já toca o ordinário.

Quando se procura pela alta sociedade Portuguesa no Google, aparecem gajas nuas!