Decidi dar um salto aqui no blog e ver os rascunhos. Descobri um texto da passagem de ano de 2007 para 2008 e decidi publicá-lo. Não sei porquê, estava em rascunho.
É especialmente giro para mim, caro único leitor deste blogue (umas vezes escrevo de uma maneira, outras doutra - é porque me apetece), porque é um texto sobre a viagem que me fez escolher o destino de Erasmus! E embora na altura não tivesse um grande mapa de Paris na cabeça, agora vejo do que estava a falar! Por muito mau que seja o mapa de Paris que tenho na cabeça.
Tenho só dois erros a corrigir: a estação ao lado do Musée D'Orsay não é de metro, acho eu, é de RER que é mais tipo comboio. Linha amarela, se não m'engano.
Pointiisme em Português, descobri hoje por coincidência - daí o título deste post! Eu realmente não deixo nada em aberto, salvo seja - é Pontilhismo (li na Super Interessante). Os pontilhistas achavam que as cores tinham relações matemáticas (havia de ser relações qué, entre as cores - já dizia uma amiga minha) como as notas de música! Ganda ideia!
Bem, uma braço.
9/13/2012
5/17/2011
Inesperadamente
Reparei que há mais quem visite este meu blog do que o que eu pensava, até porque as visitas vêm de países diferentes, como Portugal, Alemanha, EUA e Brasil.
Parece que o meu "caro único leitor" afinal são vários, mas eu vou continuar a usar o conceito, especialmente porque gosto. Ainda por cima sei lá se não é mesmo só um, esquizofrénico e ubíquo - ou omnipresente, mas eu prefiro ubíquo, tem um ar menos religioso e aposto que daqui a 100 anos se vai escrever ubícu - especialmente se a palavra se popularizar.
Uma curiosidade: o post (agora no Blogger em português chama-se "mensagem") - a mensagem - que gera mais tráfego neste blog é uma que fala sobre a APEC e até deu direito a comentários - "Qual é que é o percurso da APEC de Chelas?". Por ter sido tão relevante nas minhas page views, vou responder:
Não sei.
Já agora aproveito e recomendo um blog bestial: http://www.tpcparaaconversa.blogspot.com/
Uma braço
Parece que o meu "caro único leitor" afinal são vários, mas eu vou continuar a usar o conceito, especialmente porque gosto. Ainda por cima sei lá se não é mesmo só um, esquizofrénico e ubíquo - ou omnipresente, mas eu prefiro ubíquo, tem um ar menos religioso e aposto que daqui a 100 anos se vai escrever ubícu - especialmente se a palavra se popularizar.
Uma curiosidade: o post (agora no Blogger em português chama-se "mensagem") - a mensagem - que gera mais tráfego neste blog é uma que fala sobre a APEC e até deu direito a comentários - "Qual é que é o percurso da APEC de Chelas?". Por ter sido tão relevante nas minhas page views, vou responder:
Não sei.
Já agora aproveito e recomendo um blog bestial: http://www.tpcparaaconversa.blogspot.com/
Uma braço
5/14/2011
Agora com publicidade!
Caro leitor único deste blog! Agora o semqualquerideia tem também publicidade! Esta é uma maneira que eu tenho de controlar quantas pessoas passam por cá. Já agora aproveito, vou vendo o que é que apareceaqui anunciado e descubro o que é que o algoritmo do Google acha que interessa ao meu caro único leitor semqualquerideia.
Passai por cá. Tenho andado numa de blogar!
Passai por cá. Tenho andado numa de blogar!
9/10/2009
da França com amor
Depois de uma grande bebedeira em Sao Martinho, de três dias de stress esquizofrenificante, de despedidas que pareciam velorios, eis que me encontro ao pé de Paris, a escrever no blog, sem todos os acentos, porque na France os teclados sao AZERTY.
Uma semana e um dia depois da minha chegada, tive tempo e vontade de vir aqui escrever. Nao é mau. Levei uma semana a ter saudades do meu inconsciente, que tento publicar aqui [com alguma censura].
Vou passar a descrever a minha viagem, saltando os pontos horriveis, tipo despedidas-quase-velorio. Ja agora so uma coisa para quem se for ausentar durante longos periodos de tempo: pela reacçao das pessoas, parece que vamos morrer, temos de manter o sangue-frio e em mente a ideia de que ainda estamos vivos e que nao planeamos deixar de o estar. No entanto, os ultimos dias na terra nao deixam de ser uma boa amostra do que seria se fossem os derradeiros dias na Terra.
Cheguei a Paris de aviao, nao sem antes, no Aeroporto de Lisboa, ter passado pelo tipico olha-quem-aqui-esta-!. Era a porteira do meu prédio velho, que é uma senhora amorosa. Estava a fazer companhia à amiga com um neto filho d'emigrante. O Nelson (o neto) era um verdadeiro Yves Saint-Mitra. O verdadeiro primo da França que vem no Verao e traz as Tendencias Mitra Outono Inverno. O Nelson trazia umas calças justas, presas com um cinto Louis Vuitton (talvez Luis Viton), um casaco justo e o cabelo em pé no centro e caindo para os lados (curto, assim tipo cachorro lambido). Ia ter com o Pai, que esta emigrado. Apanhou o mesmo aviao que eu. Voilà!
Que companhia melhor para mim no vôo que o Nelson?
O senhor que ia ao meu lado! Um talvez quarentao, que parecia nunca ter andado de aviao e cuja escapatoria para o medo era falar como se nao houvesse amanha - ele, provavelmente, achava que nao havia mesmo. Vinha mais o amigo de, pareceu-me, Val Paraiso (ao pé de S. Martinho!!!). Ia para o casamento da prima emigrante. Adorou as hospedeiras. Nao gostou tanto dos comissarios de bordo. Nao se calou o vôo todo. Diverti-me mais, quando entramos numa zona de turbulencia e ele quase em pânico: "mete ai o cinto se nao morres! F*****".
Entretanto aterramos (o tipo de Val Paraiso estava convencido que estavamos a aterrar numa Paris cheia de nevoeiro quando ainda estavamos na troposfera). Sai do aviao, esperei pelo Nelson (tinha 14 anos e era meio desorientado), fui buscar as malas, ainda com o Nelson, mas o Pai dele levou-o a seguir, arranjar um mapa do Metro (e RER - érre â érre) de Paris, ja sozinho, e seguir para Mennecy, um suburbio, do lado oposto ao aeroporto Charles de Gaulle. Cerca de 3 horas depois, cheguei a casa. Chovia. Meia hora depois de eu ter chegado, estava sol.
Conheci os meus anfitrioes, que me levaram logo a fazer o Navigo, que e o passe. 6 zonas, ou seja, vivo longe como o c. (mas em Outubro, acho que me mudo para o centro) e tenho de pagar mais de 100 euros. Para o mês que vem, deve ser so 50 e tal. 6 zonas tem a vantagem de nao ser preciso pagar mais para ir à Disney!
Isto tudo foi no dia 1 de Setembro, que começou de madrugada em Lisboa e acabou de noite, mas cedo, em Paris.
Dia 2 fui à Université Paris (IX) Dauphine, que é no 16eme. E num bairro chiquissimo, mas é um edificio tipo anos 1960, numa zona haussmanniana. Ou seja, é o patinho feio ali da zona. Inscrevi-me, foram simpaticos, resolveram-me os problemas que eu tinha na altura. Fiquei feliz, fui passear. Fiquei a conhecer a Avenue Foch, chiquissima, unicamente residencial (e com a embaixada de Angola num edificio lindo, mas mesmo espectacular), a Avenue des Champs-Elysées, o Jardin des Tuileries, o Jardin du Carrousel du Louvre, uma parte do Musée du Louvre e o que os peregrinos sentem quando vao a pé a Fatima. No segundo dia insisti e fui ao Sacré Coeur, andei por Montmartre, onde comprei uma agua Evian, que é fundamentalmente uma agua de garrafa que sabe pior que a da torneira, depois, se nao me engano ao Musée d'Orsay. Paguei no Louvre, nao paguei no Musée d'Orsay. Mistérios de uma cidade cosmopolita.
Depois fiquei dois dias sem conseguir andar muito. Aproveitei para conhecer Mennecy. Girissimo, parece Springfield (dos Simpsons), mas versao centro-europeia (a igreja tem um ar mais medieval e nao ha um ponto alto com vista sobre a terra. Tem um parque. Nao consegui passar da entrada, porque as pernas nao estavam com grande vontade. O parque, acho que é conhecido, é o Parc de Villeroy, se nao me engano.
Entretanto fim-de-semana e isso tudo. Eu depois conto, agora estou cansado.
Uma braço
Uma semana e um dia depois da minha chegada, tive tempo e vontade de vir aqui escrever. Nao é mau. Levei uma semana a ter saudades do meu inconsciente, que tento publicar aqui [com alguma censura].
Vou passar a descrever a minha viagem, saltando os pontos horriveis, tipo despedidas-quase-velorio. Ja agora so uma coisa para quem se for ausentar durante longos periodos de tempo: pela reacçao das pessoas, parece que vamos morrer, temos de manter o sangue-frio e em mente a ideia de que ainda estamos vivos e que nao planeamos deixar de o estar. No entanto, os ultimos dias na terra nao deixam de ser uma boa amostra do que seria se fossem os derradeiros dias na Terra.
Cheguei a Paris de aviao, nao sem antes, no Aeroporto de Lisboa, ter passado pelo tipico olha-quem-aqui-esta-!. Era a porteira do meu prédio velho, que é uma senhora amorosa. Estava a fazer companhia à amiga com um neto filho d'emigrante. O Nelson (o neto) era um verdadeiro Yves Saint-Mitra. O verdadeiro primo da França que vem no Verao e traz as Tendencias Mitra Outono Inverno. O Nelson trazia umas calças justas, presas com um cinto Louis Vuitton (talvez Luis Viton), um casaco justo e o cabelo em pé no centro e caindo para os lados (curto, assim tipo cachorro lambido). Ia ter com o Pai, que esta emigrado. Apanhou o mesmo aviao que eu. Voilà!
Que companhia melhor para mim no vôo que o Nelson?
O senhor que ia ao meu lado! Um talvez quarentao, que parecia nunca ter andado de aviao e cuja escapatoria para o medo era falar como se nao houvesse amanha - ele, provavelmente, achava que nao havia mesmo. Vinha mais o amigo de, pareceu-me, Val Paraiso (ao pé de S. Martinho!!!). Ia para o casamento da prima emigrante. Adorou as hospedeiras. Nao gostou tanto dos comissarios de bordo. Nao se calou o vôo todo. Diverti-me mais, quando entramos numa zona de turbulencia e ele quase em pânico: "mete ai o cinto se nao morres! F*****".
Entretanto aterramos (o tipo de Val Paraiso estava convencido que estavamos a aterrar numa Paris cheia de nevoeiro quando ainda estavamos na troposfera). Sai do aviao, esperei pelo Nelson (tinha 14 anos e era meio desorientado), fui buscar as malas, ainda com o Nelson, mas o Pai dele levou-o a seguir, arranjar um mapa do Metro (e RER - érre â érre) de Paris, ja sozinho, e seguir para Mennecy, um suburbio, do lado oposto ao aeroporto Charles de Gaulle. Cerca de 3 horas depois, cheguei a casa. Chovia. Meia hora depois de eu ter chegado, estava sol.
Conheci os meus anfitrioes, que me levaram logo a fazer o Navigo, que e o passe. 6 zonas, ou seja, vivo longe como o c. (mas em Outubro, acho que me mudo para o centro) e tenho de pagar mais de 100 euros. Para o mês que vem, deve ser so 50 e tal. 6 zonas tem a vantagem de nao ser preciso pagar mais para ir à Disney!
Isto tudo foi no dia 1 de Setembro, que começou de madrugada em Lisboa e acabou de noite, mas cedo, em Paris.
Dia 2 fui à Université Paris (IX) Dauphine, que é no 16eme. E num bairro chiquissimo, mas é um edificio tipo anos 1960, numa zona haussmanniana. Ou seja, é o patinho feio ali da zona. Inscrevi-me, foram simpaticos, resolveram-me os problemas que eu tinha na altura. Fiquei feliz, fui passear. Fiquei a conhecer a Avenue Foch, chiquissima, unicamente residencial (e com a embaixada de Angola num edificio lindo, mas mesmo espectacular), a Avenue des Champs-Elysées, o Jardin des Tuileries, o Jardin du Carrousel du Louvre, uma parte do Musée du Louvre e o que os peregrinos sentem quando vao a pé a Fatima. No segundo dia insisti e fui ao Sacré Coeur, andei por Montmartre, onde comprei uma agua Evian, que é fundamentalmente uma agua de garrafa que sabe pior que a da torneira, depois, se nao me engano ao Musée d'Orsay. Paguei no Louvre, nao paguei no Musée d'Orsay. Mistérios de uma cidade cosmopolita.
Depois fiquei dois dias sem conseguir andar muito. Aproveitei para conhecer Mennecy. Girissimo, parece Springfield (dos Simpsons), mas versao centro-europeia (a igreja tem um ar mais medieval e nao ha um ponto alto com vista sobre a terra. Tem um parque. Nao consegui passar da entrada, porque as pernas nao estavam com grande vontade. O parque, acho que é conhecido, é o Parc de Villeroy, se nao me engano.
Entretanto fim-de-semana e isso tudo. Eu depois conto, agora estou cansado.
Uma braço
6/30/2009
apeteceu-me
Capuchinho Vermelho - versão intelectual
Eu estava no quarto a brincar. Uma brincadeira sem fim, como todas as crianças têm, acreditando-se presas naquela eternidade que é o tempo a passar, sem passar. A minha Mãe chamou-me. Foda-se. Tinha feito bolos. Dos que eu não gostava. Não eram para mim. Eram para a minha Avozinha, que estava doente.
Foi uma doença. Que nunca aconteceu, mas em que ela acreditou, como se fosse hipocondríaca. Mas nem isso era. Estava presa na velhice, como as velhas estão.
À espera da hora a que a mulher-a-dias devia chegar, mas não chega. Só para tomar nota que não chegou a horas. Sem nunca dizer nada. Refilar é para os novos. Um luxo dos que têm quem dependa deles. A vida é uma puta com o passar do tempo.
À espera da hora do almoço. E do lanche. E do jantar.
À espera do marido. Que morreu.
À espera de morrer, sem ver a hora.
A minha Mãe deu-me os bolos. Dos que eu não gostava. Que cheiro horrível. E tive de ir. O tempo embora parecesse não passar, era curto.
Quando dei por mim estava no meio da floresta. Nada. Ninguém. Uma clareira de Bétulas, onde vivia o cavaleiro da Dinamarca. Viveu. "Foda-se", pensei "Já me perdi". Segui em frente, em direcção a uns pinheiros, ou eucaliptos. Era indiferente. Até podiam ser ervas daninhas.
Apareceu um lobo. Alto. Bonito e esguio. Falava. Perguntou-me quem eu era, sempre com aquela autoridade dos guardas-florestais. Coisa que ele não era. "Onde vais, menina?". Onde é que eu ia? Com aqueles bolos que eu mal podia com o cheiro, não ia fazer um piquenique de certeza, mas ele, pensei na altura, não sabia e eu disse que ia a casa da minha Avó. Ele perguntou onde era. Mostrei-lhe o croqui. Ele fingiu que percebeu. Aproveitei, pedi-lhe orientações para o sítio. Eu estava perdida na clareira de Bétulas, onde Sophia de Mello Breyner Andresen colocara a casa de um Cavaleiro Dinamarquês. Ajudou-me com a expressão de quem tenta transmitir a convicção com que os polícias falam da lei, ou dos caminhos, ou do que é um agente de autoridade, como se o soubessem, mesmo sabendo que não os sabem, mas com medo de o admitir a si próprios, de ferirem a sua virilidade. Agradeci.
Cheguei a casa da minha Avó. Deitada na cama. Estava diferente. Estava feia. Peluda. Alta e esguia.
Não parecia estar à espera do que as velhas esperam.
Parecia estar à espera de bolos maus, dos que ela gosta. Como as bananas que ninguém come e que ficam maduras de mais, que lá em casa ficam para a minha Mãe. O instinto maternal faz gostar de fruta podre. E de muito mais coisas podres.
Não interessa agora.
Ela gosta, mas como velha que é, nunca espera nada. Não espera nada dos novos e úteis. Talvez nem mesmo a eutanásia. Sobrevive na dor. A dor de ter vivido feliz. Uma dor que é certa para todos os que chegam a velhos, mas que não é esta certeza que a conforta. Aliàs, não deseja aquela dor a ninguém. Só não quer incomodar. Mas incomoda. E ela sente-o. E para disfarçar isto é que a minha Mãe lhe manda bolinhos. Dos que ninguém gosta. Só ela. Dos que são feitos quase com desprezo, mas só para ela. Não dão muito trabalho. Eu que me foda e faça o favor de os vir trazer e ver este espectáculo.
Estava com os olhos grandes.
Era para ver melhor.
As orelhas grandes.
Para ouvir melhor. Os mexericos que ninguém quer saber. Só ela, para se entreter com alguma coisa que só a incomode a ela. Por que é que depois vai contar a quem não quer saber? Não sei. Ela também não.
A boca grande.
Para me comer.
Afinal tinha-me enganado. Não era a minha Avó, era o lobo. Se calhar enganei-me na casa. Como a criança que chega, olha à volta e tem de olhar outra vez, embasbacada com o Mundo. Gira e cai para tràs. É mesmo assim. É aprender. Foda-se, mas dói.
Não, não me tinha enganado. Era mesmo o lobo disfarçado de Avó. Fodeu-se. A ganância dele foi mais pequena do que a do polícia que o quis seguir. Para fazer cumprir a lei. Uma lei em que ele não acredita. Ninguém acredita. Mas todos têm inveja de quem não a cumpre. Como todos temos inveja do Fausto de Goethe, que conseguiu enganar o diabo. Por trágico que o desfecho tenha sido.
O lobo acabou por morrer. Sem chegar a velho. A Avó sobreviveu. Condenada a viver. E a pensar na sorte do lobo, que morreu. Aqui presa mais anos. Que não acabam. Que não passam. Que quando tiverem passado, foram num instante.
Eu estava no quarto a brincar. Uma brincadeira sem fim, como todas as crianças têm, acreditando-se presas naquela eternidade que é o tempo a passar, sem passar. A minha Mãe chamou-me. Foda-se. Tinha feito bolos. Dos que eu não gostava. Não eram para mim. Eram para a minha Avozinha, que estava doente.
Foi uma doença. Que nunca aconteceu, mas em que ela acreditou, como se fosse hipocondríaca. Mas nem isso era. Estava presa na velhice, como as velhas estão.
À espera da hora a que a mulher-a-dias devia chegar, mas não chega. Só para tomar nota que não chegou a horas. Sem nunca dizer nada. Refilar é para os novos. Um luxo dos que têm quem dependa deles. A vida é uma puta com o passar do tempo.
À espera da hora do almoço. E do lanche. E do jantar.
À espera do marido. Que morreu.
À espera de morrer, sem ver a hora.
A minha Mãe deu-me os bolos. Dos que eu não gostava. Que cheiro horrível. E tive de ir. O tempo embora parecesse não passar, era curto.
Quando dei por mim estava no meio da floresta. Nada. Ninguém. Uma clareira de Bétulas, onde vivia o cavaleiro da Dinamarca. Viveu. "Foda-se", pensei "Já me perdi". Segui em frente, em direcção a uns pinheiros, ou eucaliptos. Era indiferente. Até podiam ser ervas daninhas.
Apareceu um lobo. Alto. Bonito e esguio. Falava. Perguntou-me quem eu era, sempre com aquela autoridade dos guardas-florestais. Coisa que ele não era. "Onde vais, menina?". Onde é que eu ia? Com aqueles bolos que eu mal podia com o cheiro, não ia fazer um piquenique de certeza, mas ele, pensei na altura, não sabia e eu disse que ia a casa da minha Avó. Ele perguntou onde era. Mostrei-lhe o croqui. Ele fingiu que percebeu. Aproveitei, pedi-lhe orientações para o sítio. Eu estava perdida na clareira de Bétulas, onde Sophia de Mello Breyner Andresen colocara a casa de um Cavaleiro Dinamarquês. Ajudou-me com a expressão de quem tenta transmitir a convicção com que os polícias falam da lei, ou dos caminhos, ou do que é um agente de autoridade, como se o soubessem, mesmo sabendo que não os sabem, mas com medo de o admitir a si próprios, de ferirem a sua virilidade. Agradeci.
Cheguei a casa da minha Avó. Deitada na cama. Estava diferente. Estava feia. Peluda. Alta e esguia.
Não parecia estar à espera do que as velhas esperam.
Parecia estar à espera de bolos maus, dos que ela gosta. Como as bananas que ninguém come e que ficam maduras de mais, que lá em casa ficam para a minha Mãe. O instinto maternal faz gostar de fruta podre. E de muito mais coisas podres.
Não interessa agora.
Ela gosta, mas como velha que é, nunca espera nada. Não espera nada dos novos e úteis. Talvez nem mesmo a eutanásia. Sobrevive na dor. A dor de ter vivido feliz. Uma dor que é certa para todos os que chegam a velhos, mas que não é esta certeza que a conforta. Aliàs, não deseja aquela dor a ninguém. Só não quer incomodar. Mas incomoda. E ela sente-o. E para disfarçar isto é que a minha Mãe lhe manda bolinhos. Dos que ninguém gosta. Só ela. Dos que são feitos quase com desprezo, mas só para ela. Não dão muito trabalho. Eu que me foda e faça o favor de os vir trazer e ver este espectáculo.
Estava com os olhos grandes.
Era para ver melhor.
As orelhas grandes.
Para ouvir melhor. Os mexericos que ninguém quer saber. Só ela, para se entreter com alguma coisa que só a incomode a ela. Por que é que depois vai contar a quem não quer saber? Não sei. Ela também não.
A boca grande.
Para me comer.
Afinal tinha-me enganado. Não era a minha Avó, era o lobo. Se calhar enganei-me na casa. Como a criança que chega, olha à volta e tem de olhar outra vez, embasbacada com o Mundo. Gira e cai para tràs. É mesmo assim. É aprender. Foda-se, mas dói.
Não, não me tinha enganado. Era mesmo o lobo disfarçado de Avó. Fodeu-se. A ganância dele foi mais pequena do que a do polícia que o quis seguir. Para fazer cumprir a lei. Uma lei em que ele não acredita. Ninguém acredita. Mas todos têm inveja de quem não a cumpre. Como todos temos inveja do Fausto de Goethe, que conseguiu enganar o diabo. Por trágico que o desfecho tenha sido.
O lobo acabou por morrer. Sem chegar a velho. A Avó sobreviveu. Condenada a viver. E a pensar na sorte do lobo, que morreu. Aqui presa mais anos. Que não acabam. Que não passam. Que quando tiverem passado, foram num instante.
1/29/2009
Telles de Mello com 4 Ls
A família Telles de Mello com 4 Ls é uma família chiquíssima, como todos os primos devem saber.
A Mãe, Andre(i)a Telles de Mello é giríssima, engraçadíssima e é muitíssimo terra-a-terra. Como todos sabem, e adoram, tem uma conversa interessantíssima, que vai de Armani a Zara. Veio de Itália aos 4 anos, com os Pais, que entretanto morreram, achamos nós, não sei, para uma casa, pela conversa que ela conta, parece que no Estoril, não se percebe bem se é uma Ricciardi, mas parece que o apelido de solteira é Silva, que em Itália deve ser óptimo. Adora, adora, adora, 3 vezes ir à missa e acha os pobrezinhos uma coisa giríssima, menos aqueles de Leste muito escuros, assim parece que queimados do Sol e com olhos azuis que se penduram na janela do jipe dela a vender Bordas d'Água, que acha possidoníssimos, porque ainda por cima os Bordas d'Água não são originais, porque ela no outro dia viu na televisão, num programa, que não são. Não trabalha, claro.
O Pai, Afonso Maria Telles de Mello tem uma empresa, pelo menos é o que diz aos filhos, que vende pneus. Há quem diga que é uma garagem, mas ele garagem só conhece a dele, que tem um Bugatti antigo debaixo de uns cobertores e mais uns quantos carros giríssimos, assim tipo Rolls e mais não sei o quê, que parece que está sempre a trocar, porque cada vez que fala, diz que tem uns carros diferentes. De qualquer maneira, é tão giro e tão terra-a-terra, que vai trabalhar num Renault Clio 1.2 de 1994, giríssimo verde escuro, que comprou a um tio irmão do Pai, que já morreu, que pena. Afonso aposta numa educação religiosíssima para os seus filhos, mas preferiu pô-los em escola públicas, sei lá, para não ficarem muito estragados. Quer que os filhos, quando se formarem e forem trabalhar, não que precisem, mas depois o que é que haviam de fazer com tanto tempo livre, também vão de Renault Clio de 1994. A Mãe de Afonso Maria era uma querida, mas, tal como o Pai, que era educadíssimo, já morreu.
O Filho mais velho, Duarte Maria Telles de Mello segue as pisadas da linha masculina da família e está a tirar um curso giríssimo em que aprende a reparar carros, assim tipo curso profissional, que dá equivalência ao 12º. Antigamente havia imenso destes cursos e não tinha mal nenhum, mas com o 25 de Abril, aliás, desde que o Salazar caiu da cadeira, que isto este país vai pessimamente, quer dizer, cada um é mais sei lá o quê que o outro, e depois dão dois beijinhos e não sei quê e dizem que são "vermelhos", eu acho uma pirosada, uma coisa horrível e um disparate. Quer dizer, o Duarte não gosta de estudar, mas não é menos Telles de Mello por causa disso! Até antes pelo contrário, mas pronto. É religiosíssimo e adorava, adorava, adorava, ir de carro a Roma, como qualquer cristão deve. Duarte faz surf, geralmente nas Maldivas, o que é o máximo. Recusa-se a fazer surf em Portugal, que acha deprimente, porque a água é gelada e mais um monte de coisas que agora aqui não interessa. Infelizmente, tem imenso azar com as máquinas fotográficas, que perde sempre nos aeroportos, o que é uma pena, porque acaba sempre por perder os filmes de surf que faz com os primos nas Maldivas e nem um tem de recordação, coitado. Muitas vezes dá ténis velhos da Vans aos pobrezinhos, que adora, que usam para lhe atirar às costas, que para os pobrezinhos é um sinal qualquer de honra, não sei bem, mas é bom.
A Filha do meio, Maria do Rosário (Rosarinho) Telles de Mello adora o colégio e as amigas do colégio onde anda, que é um que há ali na Álvares Cabral. Os Álvares Cabral ainda são primos dos Telles de Mello, pelo lado do "es" do ÁlvarES e do TellES. Quando era pequenina adorava quando ia ao golf com o Pai apanhar bolas perdidas. Está a fazer o 11º ano há 3 anos, porque detesta estudar e agora, ainda por cima, usa-se imenso chumbar. Adora ir à missa com a Mãe e ajuda imenso na Paróquia. Canta no coro da missa e adora participar no ofertório. Só não gosta, na missa, da parte do beijinho, que além de pirosíssimo acha um nojo, sabe-se lá onde é que aquelas senhoras velhinhas andaram com as bocas e com as mãos, não é?
O mais novo, é o bebé da família, o Lourenço Maria Telles de Mello, já está crescidíssimo, da última vez que o vi, nem me dava pela cintura, agora está enorme, como dizia a Avó Dolores, que já morreu que pena, "espigadote" haha, antigamente era bem usar-se cada palavra "espigadote" haha! Anda sempre com uns amigos mais velhos, que devem ter imensos problemas de fígado ou não sei quê, que estão sempre com os olhos meios amarelos, meios encarnados. Seja como for, o Lourenço e alguns amigos adoram o golf e andam todos juntos no golf. Normalmente o Lourenço vai no lugar de trás ao meio, porque gosta, hã? Ah, ok, não se fala mais no golf. É azulão, pronto.
E pronto, aqui está uma família como deve de ser e mais não sei quê. É uma pena já não haver avós, mas pronto, morreram, ou preferem a vida do campo, que dá uma vida giríssima quase sem stress nenhum.
A Mãe, Andre(i)a Telles de Mello é giríssima, engraçadíssima e é muitíssimo terra-a-terra. Como todos sabem, e adoram, tem uma conversa interessantíssima, que vai de Armani a Zara. Veio de Itália aos 4 anos, com os Pais, que entretanto morreram, achamos nós, não sei, para uma casa, pela conversa que ela conta, parece que no Estoril, não se percebe bem se é uma Ricciardi, mas parece que o apelido de solteira é Silva, que em Itália deve ser óptimo. Adora, adora, adora, 3 vezes ir à missa e acha os pobrezinhos uma coisa giríssima, menos aqueles de Leste muito escuros, assim parece que queimados do Sol e com olhos azuis que se penduram na janela do jipe dela a vender Bordas d'Água, que acha possidoníssimos, porque ainda por cima os Bordas d'Água não são originais, porque ela no outro dia viu na televisão, num programa, que não são. Não trabalha, claro.
O Pai, Afonso Maria Telles de Mello tem uma empresa, pelo menos é o que diz aos filhos, que vende pneus. Há quem diga que é uma garagem, mas ele garagem só conhece a dele, que tem um Bugatti antigo debaixo de uns cobertores e mais uns quantos carros giríssimos, assim tipo Rolls e mais não sei o quê, que parece que está sempre a trocar, porque cada vez que fala, diz que tem uns carros diferentes. De qualquer maneira, é tão giro e tão terra-a-terra, que vai trabalhar num Renault Clio 1.2 de 1994, giríssimo verde escuro, que comprou a um tio irmão do Pai, que já morreu, que pena. Afonso aposta numa educação religiosíssima para os seus filhos, mas preferiu pô-los em escola públicas, sei lá, para não ficarem muito estragados. Quer que os filhos, quando se formarem e forem trabalhar, não que precisem, mas depois o que é que haviam de fazer com tanto tempo livre, também vão de Renault Clio de 1994. A Mãe de Afonso Maria era uma querida, mas, tal como o Pai, que era educadíssimo, já morreu.
O Filho mais velho, Duarte Maria Telles de Mello segue as pisadas da linha masculina da família e está a tirar um curso giríssimo em que aprende a reparar carros, assim tipo curso profissional, que dá equivalência ao 12º. Antigamente havia imenso destes cursos e não tinha mal nenhum, mas com o 25 de Abril, aliás, desde que o Salazar caiu da cadeira, que isto este país vai pessimamente, quer dizer, cada um é mais sei lá o quê que o outro, e depois dão dois beijinhos e não sei quê e dizem que são "vermelhos", eu acho uma pirosada, uma coisa horrível e um disparate. Quer dizer, o Duarte não gosta de estudar, mas não é menos Telles de Mello por causa disso! Até antes pelo contrário, mas pronto. É religiosíssimo e adorava, adorava, adorava, ir de carro a Roma, como qualquer cristão deve. Duarte faz surf, geralmente nas Maldivas, o que é o máximo. Recusa-se a fazer surf em Portugal, que acha deprimente, porque a água é gelada e mais um monte de coisas que agora aqui não interessa. Infelizmente, tem imenso azar com as máquinas fotográficas, que perde sempre nos aeroportos, o que é uma pena, porque acaba sempre por perder os filmes de surf que faz com os primos nas Maldivas e nem um tem de recordação, coitado. Muitas vezes dá ténis velhos da Vans aos pobrezinhos, que adora, que usam para lhe atirar às costas, que para os pobrezinhos é um sinal qualquer de honra, não sei bem, mas é bom.
A Filha do meio, Maria do Rosário (Rosarinho) Telles de Mello adora o colégio e as amigas do colégio onde anda, que é um que há ali na Álvares Cabral. Os Álvares Cabral ainda são primos dos Telles de Mello, pelo lado do "es" do ÁlvarES e do TellES. Quando era pequenina adorava quando ia ao golf com o Pai apanhar bolas perdidas. Está a fazer o 11º ano há 3 anos, porque detesta estudar e agora, ainda por cima, usa-se imenso chumbar. Adora ir à missa com a Mãe e ajuda imenso na Paróquia. Canta no coro da missa e adora participar no ofertório. Só não gosta, na missa, da parte do beijinho, que além de pirosíssimo acha um nojo, sabe-se lá onde é que aquelas senhoras velhinhas andaram com as bocas e com as mãos, não é?
O mais novo, é o bebé da família, o Lourenço Maria Telles de Mello, já está crescidíssimo, da última vez que o vi, nem me dava pela cintura, agora está enorme, como dizia a Avó Dolores, que já morreu que pena, "espigadote" haha, antigamente era bem usar-se cada palavra "espigadote" haha! Anda sempre com uns amigos mais velhos, que devem ter imensos problemas de fígado ou não sei quê, que estão sempre com os olhos meios amarelos, meios encarnados. Seja como for, o Lourenço e alguns amigos adoram o golf e andam todos juntos no golf. Normalmente o Lourenço vai no lugar de trás ao meio, porque gosta, hã? Ah, ok, não se fala mais no golf. É azulão, pronto.
E pronto, aqui está uma família como deve de ser e mais não sei quê. É uma pena já não haver avós, mas pronto, morreram, ou preferem a vida do campo, que dá uma vida giríssima quase sem stress nenhum.
12/18/2008
Capuchinho Vermelho
Aproxima-se o Natal e, cada vez mais, apetece-nos escrever contos natalícios. Eu não me lembro agora de nenhum, portanto vou contar outra vez o Capuchinho Vermelho.
A mãe de Capuchinho Vermelho cozinhou umas merdas para a segunda levar à clássica figura da "Avózinha", que era uma senhora que vivia longe.
Capuchinho Vermelho, que embora o nome possa parecer indicar um rapaz, indica uma rapariga, aceitou o desafio de ir entregar o que quer que a sua mãe tivesse feito, a casa da avó, porque se tinham acabado as embalagens de correio verde e mandar por Fed-Ex ou DHL seria estúpido.
Então, abreviemos, Capuchinho, sai de casa com as merdas numa cesta, depois de dar um beijinho à mãe e segue em direcção a casa da "Avózinha".
Passadas umas centenas de metros, aparece um lobo. Capuchinho assusta-se, mas o lobo passa pacíficamente por ela, que conclui que os lobos são animais mansos e queridos.
Mais à frente, aparece outro lobo, mas este fala. "O que levas na mão, menina?" "Um GPS" "Ah! PAra não te perderes? Onde é que arranjaste isso, que eu queria ver se comprava um, da última vez que fui a casa da minha sogra nem imaginas, a velha vive num buraco..." "Desculpa, lobo, mas estou com pressa, tenho de ir entregar isto - mostrou a cesta - a casa da «Avózinha»" "Ah! Claro, não te maço mais"
E Capucho continuou.
De repente, aparece outro lobo falante
- Boa tarde, menina.
- Boa tarde
- O que leva na cesta ou a vida?
- Olhe, assim de repente, é que tenho andado um bocado deprimida-
- Oh Capucho, porra! Estás a fugir à história
- Desculpa, ok? É que tenho andado em baixo, já não se pode? Agora só se pode estar em baixo no programa da manhã?
- Calma! Bem, como é que vem aqui no guião? AH! Olha, linha 20, página 3. És tu a falar
- Ok, seguindo. Ai o Lobo Mau, que me vai fazer maldades
- Tens de dizer isso com mais espírito. Tenta com tudo em maiúsculas
- AI O LOBO MAU, QUE ME FAZ como é que era?
- Maldades.
- Ah! Desculpa, AI O LOBO MAU QUE ME FAZ MALDADES. Melhor?
- Era "que me vai fazer maldades, mas deixa estar". Prosseguindo. Não, menina, eu gostava só de comer o que tens na cesta. Quem é que escreveu esta merda? Isto dito assim, até parece mal, só faltava dizer marmita!
- Não sei. Vamos lanchar?
- Não, temos de acabar isto hoje.
- Ok. Deixe-me em paz, senhor Lobo Mau.
- Hehehe, deixarei?!
- Acho que não era bem essa a entoação, isso pareceu muito ordinário.
- Pá se te metes com essas merdas, nem daqui a um mês nos despachamos.
- Ok. Pronto, agora eu fujo e tu abrevias caminho.
Capuchinho Vermelho fugiu e o Lobo Mau abreviou caminho até casa da "Avózinha".
Truz-truz (olha, uma onomatopeia num conto de Natal! Que chique!).
- Quem é? - pergunta a "Avózinha"
- É a sua neta, tenho aqui umas merdas para dar a você.
- Ah, sim, filha, entra, entra, estou no quarto. GASPAR! ABRE A PORTA À MINHA NETA.
- Sim, senhora.
Chegado ao quarto, o Lobo Mau comeu a "Avózinha"
- Pá, não vou comer a velha, desculpa lá.
A mãe de Capuchinho Vermelho cozinhou umas merdas para a segunda levar à clássica figura da "Avózinha", que era uma senhora que vivia longe.
Capuchinho Vermelho, que embora o nome possa parecer indicar um rapaz, indica uma rapariga, aceitou o desafio de ir entregar o que quer que a sua mãe tivesse feito, a casa da avó, porque se tinham acabado as embalagens de correio verde e mandar por Fed-Ex ou DHL seria estúpido.
Então, abreviemos, Capuchinho, sai de casa com as merdas numa cesta, depois de dar um beijinho à mãe e segue em direcção a casa da "Avózinha".
Passadas umas centenas de metros, aparece um lobo. Capuchinho assusta-se, mas o lobo passa pacíficamente por ela, que conclui que os lobos são animais mansos e queridos.
Mais à frente, aparece outro lobo, mas este fala. "O que levas na mão, menina?" "Um GPS" "Ah! PAra não te perderes? Onde é que arranjaste isso, que eu queria ver se comprava um, da última vez que fui a casa da minha sogra nem imaginas, a velha vive num buraco..." "Desculpa, lobo, mas estou com pressa, tenho de ir entregar isto - mostrou a cesta - a casa da «Avózinha»" "Ah! Claro, não te maço mais"
E Capucho continuou.
De repente, aparece outro lobo falante
- Boa tarde, menina.
- Boa tarde
- O que leva na cesta ou a vida?
- Olhe, assim de repente, é que tenho andado um bocado deprimida-
- Oh Capucho, porra! Estás a fugir à história
- Desculpa, ok? É que tenho andado em baixo, já não se pode? Agora só se pode estar em baixo no programa da manhã?
- Calma! Bem, como é que vem aqui no guião? AH! Olha, linha 20, página 3. És tu a falar
- Ok, seguindo. Ai o Lobo Mau, que me vai fazer maldades
- Tens de dizer isso com mais espírito. Tenta com tudo em maiúsculas
- AI O LOBO MAU, QUE ME FAZ como é que era?
- Maldades.
- Ah! Desculpa, AI O LOBO MAU QUE ME FAZ MALDADES. Melhor?
- Era "que me vai fazer maldades, mas deixa estar". Prosseguindo. Não, menina, eu gostava só de comer o que tens na cesta. Quem é que escreveu esta merda? Isto dito assim, até parece mal, só faltava dizer marmita!
- Não sei. Vamos lanchar?
- Não, temos de acabar isto hoje.
- Ok. Deixe-me em paz, senhor Lobo Mau.
- Hehehe, deixarei?!
- Acho que não era bem essa a entoação, isso pareceu muito ordinário.
- Pá se te metes com essas merdas, nem daqui a um mês nos despachamos.
- Ok. Pronto, agora eu fujo e tu abrevias caminho.
Capuchinho Vermelho fugiu e o Lobo Mau abreviou caminho até casa da "Avózinha".
Truz-truz (olha, uma onomatopeia num conto de Natal! Que chique!).
- Quem é? - pergunta a "Avózinha"
- É a sua neta, tenho aqui umas merdas para dar a você.
- Ah, sim, filha, entra, entra, estou no quarto. GASPAR! ABRE A PORTA À MINHA NETA.
- Sim, senhora.
Chegado ao quarto, o Lobo Mau comeu a "Avózinha"
- Pá, não vou comer a velha, desculpa lá.
- Sim, acho péssimo, eu com um lobo, nesta idade?
- Tomara a ti! Apost...
Calem-se, não é esse comer, parvos. É o outro.
- Ah! Tipo comida!?
Sim, mas engole de uma vez, que ela ainda vai ter de sair da tua barriga.
- Ok.
Calem-se, não é esse comer, parvos. É o outro.
- Ah! Tipo comida!?
Sim, mas engole de uma vez, que ela ainda vai ter de sair da tua barriga.
- Ok.
- Hm? Ai credo, que horror...
Então, o Lobo Mau comeu a Avózinha, no sentido não ordinário.
- OK, até é quentinho aqui dentro.
Truz-truz.
- Quem é?
- Capucho, neta da Sra. D. Dolores, Gaspar.
- Mas a menina não tinha acabado de...
- Deixa entrar a miúda, Gaspar, que maçada sempre com perguntas - disse o Lobo, mascarado de "Avózinha"
- Sim, senhora.
Capucho entra no quarto da velha, ajeita os óculos, tinha tido um problema e naquela semana não podia usar lentes, então usava os óculos de quando era criança, que, convenhamos, estavam desactualizados.
- Ai, Avó! Que F tão grande!
- Não é um F, filha, é um E, tens de rever a graduação desses óculos.
- Sim, Avó, mas agora que olho para si, que nariz tão grande!
- Não é «para si», é «para a Avó» - CREDO! O e nariz é de judeu, também vais ter quando cresceres, é de família.
- Oh Avó! E que orelhas tão grandes!
- Que disparate, hás-de ter muito a ver com isso!
- Oh Avó, mas para que é essa boca tão grande?
- PARA TE COMER!!!
- Não que eu nunca tenha pensado nisso, mas não será incesto?
E o Lobo Mau revelou-se e tentou comer Capuchinho. Aqui usei o diminutivo, porque está ser vítima.
- Obrigadinha, que atencioso.
De nada.
Capucho correu, e, com a ajuda do Gaspar deram um Xanax ao Lobo, que, pouco habituado, adormeceu.
Chamaram um caçador e não sei quê e tiraram a "Avózinha" de dentro da barriga do Lobo e acho que entregaram o último a uns mafiosos, que lhe encheram a barriga de pedras mais densas do que água e o atiraram a um rio. Seja como for, deve ter-se safado, porque continua vivo no imaginário popular.
A "Avózinha" comeu os bolos, passado pouco tempo morreu. Capuchinho manda beijinhos. O Lobo Mau abriu um negócio de restauração, com bastaste sucesso. Reformou-se cedo e agora vive dos rendimentos nas Seychelles, com a Loba Má, uma modelo ucraniana.
Então, o Lobo Mau comeu a Avózinha, no sentido não ordinário.
- OK, até é quentinho aqui dentro.
Truz-truz.
- Quem é?
- Capucho, neta da Sra. D. Dolores, Gaspar.
- Mas a menina não tinha acabado de...
- Deixa entrar a miúda, Gaspar, que maçada sempre com perguntas - disse o Lobo, mascarado de "Avózinha"
- Sim, senhora.
Capucho entra no quarto da velha, ajeita os óculos, tinha tido um problema e naquela semana não podia usar lentes, então usava os óculos de quando era criança, que, convenhamos, estavam desactualizados.
- Ai, Avó! Que F tão grande!
- Não é um F, filha, é um E, tens de rever a graduação desses óculos.
- Sim, Avó, mas agora que olho para si, que nariz tão grande!
- Não é «para si», é «para a Avó» - CREDO! O e nariz é de judeu, também vais ter quando cresceres, é de família.
- Oh Avó! E que orelhas tão grandes!
- Que disparate, hás-de ter muito a ver com isso!
- Oh Avó, mas para que é essa boca tão grande?
- PARA TE COMER!!!
- Não que eu nunca tenha pensado nisso, mas não será incesto?
E o Lobo Mau revelou-se e tentou comer Capuchinho. Aqui usei o diminutivo, porque está ser vítima.
- Obrigadinha, que atencioso.
De nada.
Capucho correu, e, com a ajuda do Gaspar deram um Xanax ao Lobo, que, pouco habituado, adormeceu.
Chamaram um caçador e não sei quê e tiraram a "Avózinha" de dentro da barriga do Lobo e acho que entregaram o último a uns mafiosos, que lhe encheram a barriga de pedras mais densas do que água e o atiraram a um rio. Seja como for, deve ter-se safado, porque continua vivo no imaginário popular.
A "Avózinha" comeu os bolos, passado pouco tempo morreu. Capuchinho manda beijinhos. O Lobo Mau abriu um negócio de restauração, com bastaste sucesso. Reformou-se cedo e agora vive dos rendimentos nas Seychelles, com a Loba Má, uma modelo ucraniana.
4/07/2008
Profecia
O Francisco vai deixar Gestão por Medicina. E o que está escrito nos blogues não se contraria.
(Vamos lá ver se sai daqui uma self-fulfilling prophecy...)
(Vamos lá ver se sai daqui uma self-fulfilling prophecy...)
3/23/2008
a lua de Joana
a Lua de Joana é um livro.
O que eu quero abordar, no entanto, é o problema da Joana, mas o título assim fica mais giro.
Aliás, eu vim ao blog para escrever qualquer coisa, por ter estado fora 3 dias e por sentir que a minha vida anda a mudar. Forças operam na minha vida que me fazem olhar não sei bem para onde, mas a verdade é que tenho tido o subconsciente animado.
Agora é que percebi, qualquer um sabe que este blog é uma espécie de psicanalista meu.
Ainda por cima sai de borla.
Pois é, mas confesso-me a mim mesmo, ao blogue e a quem me leia, que tenho falhado muito por não mater um estilo coerente, ora escrevo "blog" ou "blogue", tudo dentro do mesmo post, e vamos agora ver se percebem esta decisão e o que ela refuta, de facto: vou escrever "blog", porque é assim que tem sido, não sida que é horrível e não desejo a ninguém.
Mas vamos lá ao que interessa (será que vamos mesmo? Eu não estruturei o texto...) tenho sentido que não me tenho obedecido: "vai estudar" - "é fácil, não é preciso" - "estás a ser soberbo" - "bem, não digas isso, mas é que ainda é cedo para estudar, aquilo não é assim tão difícil, olha os exames" - "é um semestre diferente" - e por aí fora. Uma desobediência horrível, uma falta de auto-respeito.
Depois há o factor não-sei-a-minha-conta-com-vinho-carrascão-às-refeições: eu gosto de beber para ficar menos tímido, mas não um chato. E também não é meu objectivo navegar na minha cama, quando chego a casa depois de sair. Vá lá que me tenho mantido afastado do Gregório, mas isso também já seria de mais... Só nas saídas é que é fácil: dois gins em 3 horas, agora nos jantares...
Tenho também sofrido de falta de S. Martinho: há semanas que não vou dar uma volta de bicicleta a sério. Este problema é capaz de ser revelador: ir dar uma volta de bicicleta implica esforço e alguma (pouca) disciplina. Parece que é isso que eu tenho andado a evitar e que me tem andado a mediocrizar... Por outro lado, tenho tido o factor "mais gente", que significa maior variedade de companhias. Sabe sempre bem ir variando as companhias, mas convém distinguir bem os amigos dos conhecidos íntimos. Não que tenha trocado uns pelos outros! Nada disso! O problema é a minha imperícia em omnipresença, que me dificulta tudo.
Há várias frentes que têm de ser geridas, incompatibilidades. É preciso diplomacia e saber bem o que se quer.
Eu quero acabar com a pobreza - não só a minha e quem tiver pensado "pois, falinhas mansas, queres acabar mas é c'a tua pobreza e o resto que sa lixe", se acha que me conhece, então que se vá f*der, se faz favor, que já não posso gramar esta gentinha que acha que gostar de dinheiro é ser desonesto e filho da mãe e calculista frio sem escrúpulos: primeiro porque não é nada disso, segundo, porque é dos pensamentos com maior falta de visão e descrença nos seres humanos.
Eu sei que não se pode confiar em toda a gente (eu não confio no Berardo, nem no Eng. Belmiro, nem no Michael Dell, que nem conheço, nem no cego rapper do metro, nem no José Henriques dos Santos e muito menos no José Eduardo dos Santos), mas saber-se que uma pessoa gosta de dinheiro NÃO É RAZÃO para se concluir que essa pessoa é um cabrão dum desonesto que foge com dinheiro que não é seu e que vende droga.
Também há quem goste de dinheiro e de coisas caras, mas que queira, acima de tudo elevar os padrões.
Quem nos acusa, a nós, que somos honestos e que gostamos de dinheiro, de sermos desonestos e "judeus" (passo a expressão, mas é a figura do defeituoso típico que tem dinheiro) é um desvisionário, uma pessoazinha que não sabe o que é um objectivo de vida bem intencionado. É provavelmente uma pessoa que projecta o seu mal nos megalómanos bem intencionados e que distorce os objectivos destes últimos, à partida de interesse comum, mas que, nos olhos destas bestinhas que não conhecem, nem querem, para poderem justificar a sua mediocridade de não-desenvolvimento pessoal, a sua preguiça, não a preguiça porreira, mas a preguiça no que é importante, são meramente trunfos pessoais e egoístas.
Já não há pachorra para gente sem escrúpulos, mas não são esses que eu quero atacar hoje (esses já ataquei imensas vezes e continuarei a atacar sempre que seja conveniente).
Quem eu quero atacar hoje são os desvisionários que não acreditam que uma pessoa, por sonhar alto, sonhe alto para todos. São os que acham que o bem de um é o mal de outro - e note-se agora, que qualquer pessoa tenta estar o melhor possível na vida - seguindo esta linha, teríamos de prejudicar sempre algúem, de cada vez que tentássemos, como nos é natural, melhorar a nossa condição (provavelmente é assim que os desvisionários vêem o Mundo).
Por isto é que eu digo (e escrevo): quero ser rico sem ser desonesto, quero elevar os padrões mínimos. E quem me conhece e acredita, é meu amigo, quem me conhece e não acredita, não volte a falar comigo, a menos que passe a acreditar em mim. (Temos também de ter em conta que as pessoas se podem converter!!! Os desvisionários podem passar a pessoas decentes, assim que compreendam e apliquem o princípio do bem comum).
Eu sei que é uma das tarefas mais difíceis no Mundo, mas não sou decerto o único a empreendê-la. Também sei que não compro normalmente a CAIS. Também sei que não tenho participado em actividades com alguma eficácia que há em algumas paróquias: simplesmente tenho a minha maneira pensada de forma diferente. Tenho-me programado para fazer tudo pelo bem comum e não pelo bem pessoal. Tenho ideia que o meu forte é em Gestão: poderei criar empregos e gerar riqueza. É essa a minha ideia: gerar riqueza de acordo com uma estrutura que a distribua de forma justa e que permita eliminar a pobreza - o que interessa é o sistema! Não é por eu abdicar de um milhão de contos que acabo com a pobreza, esse dinheiro provavelmente iria ser gasto por pseudo-ajudantes em helicópteros e estadias no Mala-Mala ou na ilha do Sal. Ou mesmo numa sede fantástica de alguma ONG corrupta desses anormais desses desonestos que adoram fazer a figura e que não são capazes de ajudar sem roubarem umas comissõezinhas...
O que interessa é ensinar a pescar.
[ai que bonito e que intelectual...]
Eu distingo "rico" de "cheio de massa". Um verdadeiro rico é aquele que eleva os padrões de qualquer pessoa com quem entre em contacto.
Diga-se então que eu quero ser rico e cheio de massa [e as bestas pensam, "pronto, estrgaste(s) tudo"] - é natural que vá gerar fortunas pessoais, mas não das imorais, porque serão feitas ao trabalhar para o bem comum e porque, no caso ideal, não haverá pobreza extrema a "compensar" estes "picos de riqueza (dinheiro só)".
Uma braço
O que eu quero abordar, no entanto, é o problema da Joana, mas o título assim fica mais giro.
Aliás, eu vim ao blog para escrever qualquer coisa, por ter estado fora 3 dias e por sentir que a minha vida anda a mudar. Forças operam na minha vida que me fazem olhar não sei bem para onde, mas a verdade é que tenho tido o subconsciente animado.
Agora é que percebi, qualquer um sabe que este blog é uma espécie de psicanalista meu.
Ainda por cima sai de borla.
Pois é, mas confesso-me a mim mesmo, ao blogue e a quem me leia, que tenho falhado muito por não mater um estilo coerente, ora escrevo "blog" ou "blogue", tudo dentro do mesmo post, e vamos agora ver se percebem esta decisão e o que ela refuta, de facto: vou escrever "blog", porque é assim que tem sido, não sida que é horrível e não desejo a ninguém.
Mas vamos lá ao que interessa (será que vamos mesmo? Eu não estruturei o texto...) tenho sentido que não me tenho obedecido: "vai estudar" - "é fácil, não é preciso" - "estás a ser soberbo" - "bem, não digas isso, mas é que ainda é cedo para estudar, aquilo não é assim tão difícil, olha os exames" - "é um semestre diferente" - e por aí fora. Uma desobediência horrível, uma falta de auto-respeito.
Depois há o factor não-sei-a-minha-conta-com-vinho-carrascão-às-refeições: eu gosto de beber para ficar menos tímido, mas não um chato. E também não é meu objectivo navegar na minha cama, quando chego a casa depois de sair. Vá lá que me tenho mantido afastado do Gregório, mas isso também já seria de mais... Só nas saídas é que é fácil: dois gins em 3 horas, agora nos jantares...
Tenho também sofrido de falta de S. Martinho: há semanas que não vou dar uma volta de bicicleta a sério. Este problema é capaz de ser revelador: ir dar uma volta de bicicleta implica esforço e alguma (pouca) disciplina. Parece que é isso que eu tenho andado a evitar e que me tem andado a mediocrizar... Por outro lado, tenho tido o factor "mais gente", que significa maior variedade de companhias. Sabe sempre bem ir variando as companhias, mas convém distinguir bem os amigos dos conhecidos íntimos. Não que tenha trocado uns pelos outros! Nada disso! O problema é a minha imperícia em omnipresença, que me dificulta tudo.
Há várias frentes que têm de ser geridas, incompatibilidades. É preciso diplomacia e saber bem o que se quer.
Eu quero acabar com a pobreza - não só a minha e quem tiver pensado "pois, falinhas mansas, queres acabar mas é c'a tua pobreza e o resto que sa lixe", se acha que me conhece, então que se vá f*der, se faz favor, que já não posso gramar esta gentinha que acha que gostar de dinheiro é ser desonesto e filho da mãe e calculista frio sem escrúpulos: primeiro porque não é nada disso, segundo, porque é dos pensamentos com maior falta de visão e descrença nos seres humanos.
Eu sei que não se pode confiar em toda a gente (eu não confio no Berardo, nem no Eng. Belmiro, nem no Michael Dell, que nem conheço, nem no cego rapper do metro, nem no José Henriques dos Santos e muito menos no José Eduardo dos Santos), mas saber-se que uma pessoa gosta de dinheiro NÃO É RAZÃO para se concluir que essa pessoa é um cabrão dum desonesto que foge com dinheiro que não é seu e que vende droga.
Também há quem goste de dinheiro e de coisas caras, mas que queira, acima de tudo elevar os padrões.
Quem nos acusa, a nós, que somos honestos e que gostamos de dinheiro, de sermos desonestos e "judeus" (passo a expressão, mas é a figura do defeituoso típico que tem dinheiro) é um desvisionário, uma pessoazinha que não sabe o que é um objectivo de vida bem intencionado. É provavelmente uma pessoa que projecta o seu mal nos megalómanos bem intencionados e que distorce os objectivos destes últimos, à partida de interesse comum, mas que, nos olhos destas bestinhas que não conhecem, nem querem, para poderem justificar a sua mediocridade de não-desenvolvimento pessoal, a sua preguiça, não a preguiça porreira, mas a preguiça no que é importante, são meramente trunfos pessoais e egoístas.
Já não há pachorra para gente sem escrúpulos, mas não são esses que eu quero atacar hoje (esses já ataquei imensas vezes e continuarei a atacar sempre que seja conveniente).
Quem eu quero atacar hoje são os desvisionários que não acreditam que uma pessoa, por sonhar alto, sonhe alto para todos. São os que acham que o bem de um é o mal de outro - e note-se agora, que qualquer pessoa tenta estar o melhor possível na vida - seguindo esta linha, teríamos de prejudicar sempre algúem, de cada vez que tentássemos, como nos é natural, melhorar a nossa condição (provavelmente é assim que os desvisionários vêem o Mundo).
Por isto é que eu digo (e escrevo): quero ser rico sem ser desonesto, quero elevar os padrões mínimos. E quem me conhece e acredita, é meu amigo, quem me conhece e não acredita, não volte a falar comigo, a menos que passe a acreditar em mim. (Temos também de ter em conta que as pessoas se podem converter!!! Os desvisionários podem passar a pessoas decentes, assim que compreendam e apliquem o princípio do bem comum).
Eu sei que é uma das tarefas mais difíceis no Mundo, mas não sou decerto o único a empreendê-la. Também sei que não compro normalmente a CAIS. Também sei que não tenho participado em actividades com alguma eficácia que há em algumas paróquias: simplesmente tenho a minha maneira pensada de forma diferente. Tenho-me programado para fazer tudo pelo bem comum e não pelo bem pessoal. Tenho ideia que o meu forte é em Gestão: poderei criar empregos e gerar riqueza. É essa a minha ideia: gerar riqueza de acordo com uma estrutura que a distribua de forma justa e que permita eliminar a pobreza - o que interessa é o sistema! Não é por eu abdicar de um milhão de contos que acabo com a pobreza, esse dinheiro provavelmente iria ser gasto por pseudo-ajudantes em helicópteros e estadias no Mala-Mala ou na ilha do Sal. Ou mesmo numa sede fantástica de alguma ONG corrupta desses anormais desses desonestos que adoram fazer a figura e que não são capazes de ajudar sem roubarem umas comissõezinhas...
O que interessa é ensinar a pescar.
[ai que bonito e que intelectual...]
Eu distingo "rico" de "cheio de massa". Um verdadeiro rico é aquele que eleva os padrões de qualquer pessoa com quem entre em contacto.
Diga-se então que eu quero ser rico e cheio de massa [e as bestas pensam, "pronto, estrgaste(s) tudo"] - é natural que vá gerar fortunas pessoais, mas não das imorais, porque serão feitas ao trabalhar para o bem comum e porque, no caso ideal, não haverá pobreza extrema a "compensar" estes "picos de riqueza (dinheiro só)".
Qual é o mal de uns terem mais que outros, se ninguém tiver a menos? (O problema e a tarefa que temos em mãos é fazer o Mundo chegar a este ponto).
Bem, já chega que estou com sono e já saiu muita porcaria...Uma braço
3/14/2008
Constatação
Ser estagiária/estudante universitária tem muito que se lhe diga. Fez-me lembrar de uma idade em que não se sabe se se há-de tratar as pessoas na segunda ou na terceira pessoa; tratam-se alguns "colegas", os mais novos, aqueles que pouco mais velhos são que nós, por tu? E isso quer dizer que, ao tratar alguém na terceira pessoa, se lhe está a chamar velho à cara podre?
O grande dilema do meu presente.
O grande dilema do meu presente.
1/16/2008
em directo do submundo do ser
que intelectual que é o título
não, é um título pseudo-intelectual
não, é um avião
não, é uma nave especial
espacial, estúpido
como queiras
não, é o super-homem
não é nada! É o teleférico do Zoo
ao pé da católica, como que por obra de magia?
isso é heresia
olha, rimámos
quem berseja sem querer é amado sem saber
e estar vivo é o contrário de estar morto
e a recíproca é verdadeira
Olha a Rita Lina!
Olha, uma boda!
Não é boda, é copo de água!
Olha! A Rita Lina e um copo de água!
E pronto, passou temporariamente este disparate de asneiras e chorrilho de calamidades. Que ainda por cima se calhar é heresia.
não, é um título pseudo-intelectual
não, é um avião
não, é uma nave especial
espacial, estúpido
como queiras
não, é o super-homem
não é nada! É o teleférico do Zoo
ao pé da católica, como que por obra de magia?
isso é heresia
olha, rimámos
quem berseja sem querer é amado sem saber
e estar vivo é o contrário de estar morto
e a recíproca é verdadeira
Olha a Rita Lina!
Olha, uma boda!
Não é boda, é copo de água!
Olha! A Rita Lina e um copo de água!
E pronto, passou temporariamente este disparate de asneiras e chorrilho de calamidades. Que ainda por cima se calhar é heresia.
desde Novembro
Desde Novembro que não vinha aqui e como pseudo-intelectual que até anda a ler um livro do Paul Auster sinto-me "na obrigação" de deixar qualquer coisa no blog, como uma marca da minha existência, não sei, ...
Então se não sabes, não escrevas, podem pensar, e com alguma razão. Mas quem manda sou eu, eu é que decido se escrevo ou não, portanto azar.
Se não quiserem não leiam. Também não obrigo ninguém, não sou como as cadeiras que têm bibliografia obrigatória, que também não serve bem para ler, tem mais a ver com as finanças pessoais de alguns professores-autores. Nomeadamente de um que acha que percebe tanto de língua portuguesa como de gestão - e que resulta no famoso trabalho de caca.
Bem, mas para os que ainda estão a ler, cá vai a minha confissão: eu não sei bem o que estou a fazer... "Da vida?" perguntam-me. E respondo eu, "da vida, tenho uma vaga noção, agora do que estou a fazer neste post, não tenho assim grande ideia".
E passo a explicar o meu problema de disciplina (que tem a ver com isto, ou como vou dizer depois de tirar o curso, como dizem os gestores "o problema tem a haver com isto"). Imagine-se por hipótese que eu estava na Universidade, a tirar um curso, digamos, possivelmente, de Gestão. Então imagine-se que os senhores que organizavam o funcionamento da minha Faculdade (imagine-se por hipótese que os da parte da informática eram incompetentes do lado da mãe e armados em importantes do lado do pai e os da segurança, esses então eram uns atrasados mentais do lado do pai e pedófilos do lado do avô materno, imagine-se isto por hipótese) decidiam instituir os "Exames", que é assim uma espécie de testes, mas que contam mais para a nota. Então, pela altura dos ditos Exames, seria de esperar que os Alunos elaborassem Planos de Estudo. E passa-se que eu, como dito Aluno, fiz um dito Plano de Estudo. Imagine-se que a ideia era deitar cedo e levantar relativamente cedo e passar o dia a estudar.
Se o plano era assim, por que é que eu me fui deitar às 2 da manhã no primeiro dia? E por que é que no dia a seguir acordei as 11? Porque isso para mim é "cedo". Mas então por que é que fui ver os Simpsons? Porque precisava de 26 minutos para descomprimir um bocadinho. E o segundo episódio? Mais descompressão. Então por que é que a seguir liguei o computador e fui para o Youtube ver vídeos parvos? Porque queria ter negativa no exame. Não! Então porquê?
Não percebo! É isso e levantar-me a pensar: bem, dormi 10 horas, estou descansadinho, vou estudar. MAs surge-me, do fundo do ser, um "ou então não, não ééé?" e depois penso "mas quando estou a estudar, até me consigo concentrar e até é produtivo" "Pois, mas a cama é muito confortável" "Mas a minha cadeira é de cabedal" "De que animal?" "Porco ou vaca" "E sentes-te bem, ter matado o animal da quinta que aprendeste a estimar com os livros dos animais da quinta só para te sentires confortável enquanto estudas?" "Mas eu não matei nada, já estava morto" "Mas fomentaste" "Pois, talvez, mas os animais percebem mesmo o que se passa? Se tiverem uma morte sem dor... Além disso, ó sentimento que me faz não estudar, é a mesma cadeira que uso para ir ver vídeos do Youtube" "Ah! Mas o porco não sofreu! Também podes ver vídeos do Youtube, agora estudar é que é incorrecto, percebes" "Não, não percebo" "Estás a ver, se nem isto percebes para que é que vais estudar?" "Para tentar passar a perceber" "Uma coisa destas? Isso aprendias na escola" "Já não tenho hipótese, pois não" "Esquece, a cama é confortável e não é cara, daqui a uns anos podes sempre viver com uma pensãozinha do Estado e com uma cama e um computador serás feliz!" "Eu não quero isso, vou estudar" - e volta tudo ao princípio.
E é uma perda de tempo.
Agora a relação com este texto: estou aqui a engonhar, quando já me devia ter ido deitar, mas de facto a cadeira é boa, e antes de me deitar ainda tenho tanta coisa por fazer, que quanto mais adiar, melhor. Portanto vou-me deixando estar.
Que grande parvoíce contraproducente.
Então se não sabes, não escrevas, podem pensar, e com alguma razão. Mas quem manda sou eu, eu é que decido se escrevo ou não, portanto azar.
Se não quiserem não leiam. Também não obrigo ninguém, não sou como as cadeiras que têm bibliografia obrigatória, que também não serve bem para ler, tem mais a ver com as finanças pessoais de alguns professores-autores. Nomeadamente de um que acha que percebe tanto de língua portuguesa como de gestão - e que resulta no famoso trabalho de caca.
Bem, mas para os que ainda estão a ler, cá vai a minha confissão: eu não sei bem o que estou a fazer... "Da vida?" perguntam-me. E respondo eu, "da vida, tenho uma vaga noção, agora do que estou a fazer neste post, não tenho assim grande ideia".
E passo a explicar o meu problema de disciplina (que tem a ver com isto, ou como vou dizer depois de tirar o curso, como dizem os gestores "o problema tem a haver com isto"). Imagine-se por hipótese que eu estava na Universidade, a tirar um curso, digamos, possivelmente, de Gestão. Então imagine-se que os senhores que organizavam o funcionamento da minha Faculdade (imagine-se por hipótese que os da parte da informática eram incompetentes do lado da mãe e armados em importantes do lado do pai e os da segurança, esses então eram uns atrasados mentais do lado do pai e pedófilos do lado do avô materno, imagine-se isto por hipótese) decidiam instituir os "Exames", que é assim uma espécie de testes, mas que contam mais para a nota. Então, pela altura dos ditos Exames, seria de esperar que os Alunos elaborassem Planos de Estudo. E passa-se que eu, como dito Aluno, fiz um dito Plano de Estudo. Imagine-se que a ideia era deitar cedo e levantar relativamente cedo e passar o dia a estudar.
Se o plano era assim, por que é que eu me fui deitar às 2 da manhã no primeiro dia? E por que é que no dia a seguir acordei as 11? Porque isso para mim é "cedo". Mas então por que é que fui ver os Simpsons? Porque precisava de 26 minutos para descomprimir um bocadinho. E o segundo episódio? Mais descompressão. Então por que é que a seguir liguei o computador e fui para o Youtube ver vídeos parvos? Porque queria ter negativa no exame. Não! Então porquê?
Não percebo! É isso e levantar-me a pensar: bem, dormi 10 horas, estou descansadinho, vou estudar. MAs surge-me, do fundo do ser, um "ou então não, não ééé?" e depois penso "mas quando estou a estudar, até me consigo concentrar e até é produtivo" "Pois, mas a cama é muito confortável" "Mas a minha cadeira é de cabedal" "De que animal?" "Porco ou vaca" "E sentes-te bem, ter matado o animal da quinta que aprendeste a estimar com os livros dos animais da quinta só para te sentires confortável enquanto estudas?" "Mas eu não matei nada, já estava morto" "Mas fomentaste" "Pois, talvez, mas os animais percebem mesmo o que se passa? Se tiverem uma morte sem dor... Além disso, ó sentimento que me faz não estudar, é a mesma cadeira que uso para ir ver vídeos do Youtube" "Ah! Mas o porco não sofreu! Também podes ver vídeos do Youtube, agora estudar é que é incorrecto, percebes" "Não, não percebo" "Estás a ver, se nem isto percebes para que é que vais estudar?" "Para tentar passar a perceber" "Uma coisa destas? Isso aprendias na escola" "Já não tenho hipótese, pois não" "Esquece, a cama é confortável e não é cara, daqui a uns anos podes sempre viver com uma pensãozinha do Estado e com uma cama e um computador serás feliz!" "Eu não quero isso, vou estudar" - e volta tudo ao princípio.
E é uma perda de tempo.
Agora a relação com este texto: estou aqui a engonhar, quando já me devia ter ido deitar, mas de facto a cadeira é boa, e antes de me deitar ainda tenho tanta coisa por fazer, que quanto mais adiar, melhor. Portanto vou-me deixando estar.
Que grande parvoíce contraproducente.
11/03/2007
uma breve queixa
Estive agora no hi5 e aquilo e taum giruh, mas quer dizer, podiam ensinar às pessoas, que, por exemplo, exemplo não é ezemplo e e natação não é natassam.
Outra coisa, se as pessoas quiserem ver corpos desnudos, podem recorrer a uma data de sites que eu não vou enumerar para não se ficar a perceber que eu conheço.
E ainda! As frases que os queridos do gato fedorento usam, têm piada, quando usadas por eles. O mesmo se aplica às frases de outras pessoas célebres, por exemplo (ou esêmpalo) as do Sascha Baron Cohen, que além de ter nome de judeu (o que não tem mal nenhum, fique aqui claro, mas é certo e sabido que os alemães estavam apenas a cumprir ordens, e depois, coitados, acordaram com o país destruído - isto quem perceber percebeu) faz figuras nojentas na televisão e no cinema (mesmo assim tem alguma graça, mas é nojento). Mas o que eu queria dizer é que as frases destas celebridades têm muita graça quando são ouvidas ou lidas pela primeira vez e depois vão-na perdendo à medida que são repetidas. Portanto além de ser plágio (que é crime, então nos Estados Unidos onde a percentagem de gente que tem ideias ainda é mais baixa, ainda é um crime maior) tem muito pouca graça andar sempre a dizer o mesmo, que ainda por cima foi outro a inventar - mas pronto, sentem-se integrados.
Como disse alguém, "Inovai-vos uns aos outros como Eu vos inovei" e não nos chateiem com frases antigas. Especialmente quando se está ao vivo. Eu não sou do género de deixar as pessoas penduradas e depois tenho de me rir muitas vezes com a mesma frase que deu na televisão no último domingo de Maio e que tenho ouvido ser repetida desde então. Depois parece que ainda sou mais anormal do que aquilo que já sou e isso dá mau aspecto.
Outra coisa que não acho normal no hi5 são os comentários mentirosos: "adoru-txi, nina, tahx memuh sexi na fotuh" - não, não adoras, ela é feia, chama-se Karina e diz que se chama Kary e quase que mete as glândulas mamárias que são menores que as borbulhas que tem na cara à vista de quem for ao hi5 e depois comenta as fotografias de si própria: "k ar xeriu. fotuh tirada pela Juu [que se chama Jéssica, não se iludam], amuh-tih ninah"? E agora fora do hi5 há outra coisa de que também me quero queixar: "Altas ondas, xavalo" - que é como quem diz que no mar se formavam ondas bastante grandes e que facilitavam a prática desse desporto da moda que é o surf, o que resultou numa tarde dem dispendida à deriva no Oceano? NÃO!!! Que é como quem diz, "sou o maior, tu quer dizer, mais ou menos, mas aprecia o meu estilo a dizer «xavalo» e vê como estou tão na moda e tão bué da féchane (que agora se diz trendy, mas temos de compensar o atraso) que até faço surf bué da bem, méne, pareço aquele pipal séxi da émetivi ó dos merangos".
E pronto, com um país assim, não vale a pena pagar impostos.
Espero que o que disse não seja tão verdade quanto parece.
dois beijinhos para elas e dois apertos de mão para eles
Outra coisa, se as pessoas quiserem ver corpos desnudos, podem recorrer a uma data de sites que eu não vou enumerar para não se ficar a perceber que eu conheço.
E ainda! As frases que os queridos do gato fedorento usam, têm piada, quando usadas por eles. O mesmo se aplica às frases de outras pessoas célebres, por exemplo (ou esêmpalo) as do Sascha Baron Cohen, que além de ter nome de judeu (o que não tem mal nenhum, fique aqui claro, mas é certo e sabido que os alemães estavam apenas a cumprir ordens, e depois, coitados, acordaram com o país destruído - isto quem perceber percebeu) faz figuras nojentas na televisão e no cinema (mesmo assim tem alguma graça, mas é nojento). Mas o que eu queria dizer é que as frases destas celebridades têm muita graça quando são ouvidas ou lidas pela primeira vez e depois vão-na perdendo à medida que são repetidas. Portanto além de ser plágio (que é crime, então nos Estados Unidos onde a percentagem de gente que tem ideias ainda é mais baixa, ainda é um crime maior) tem muito pouca graça andar sempre a dizer o mesmo, que ainda por cima foi outro a inventar - mas pronto, sentem-se integrados.
Como disse alguém, "Inovai-vos uns aos outros como Eu vos inovei" e não nos chateiem com frases antigas. Especialmente quando se está ao vivo. Eu não sou do género de deixar as pessoas penduradas e depois tenho de me rir muitas vezes com a mesma frase que deu na televisão no último domingo de Maio e que tenho ouvido ser repetida desde então. Depois parece que ainda sou mais anormal do que aquilo que já sou e isso dá mau aspecto.
Outra coisa que não acho normal no hi5 são os comentários mentirosos: "adoru-txi, nina, tahx memuh sexi na fotuh" - não, não adoras, ela é feia, chama-se Karina e diz que se chama Kary e quase que mete as glândulas mamárias que são menores que as borbulhas que tem na cara à vista de quem for ao hi5 e depois comenta as fotografias de si própria: "k ar xeriu. fotuh tirada pela Juu [que se chama Jéssica, não se iludam], amuh-tih ninah"? E agora fora do hi5 há outra coisa de que também me quero queixar: "Altas ondas, xavalo" - que é como quem diz que no mar se formavam ondas bastante grandes e que facilitavam a prática desse desporto da moda que é o surf, o que resultou numa tarde dem dispendida à deriva no Oceano? NÃO!!! Que é como quem diz, "sou o maior, tu quer dizer, mais ou menos, mas aprecia o meu estilo a dizer «xavalo» e vê como estou tão na moda e tão bué da féchane (que agora se diz trendy, mas temos de compensar o atraso) que até faço surf bué da bem, méne, pareço aquele pipal séxi da émetivi ó dos merangos".
E pronto, com um país assim, não vale a pena pagar impostos.
Espero que o que disse não seja tão verdade quanto parece.
dois beijinhos para elas e dois apertos de mão para eles
10/18/2007
Ensaio sobre a soneira
Capuchos Vermelho dava Passosna Mata, quando sai o Lobo da Silveira e pergunta "cu ou vádis?".
E Capuchinho responde: "O que é vadis? Isso nunca experimentei."
E o Lobo da Silveira diz "Oh, menina, é latim, onde é que vai?"
"Ah, vou a casa da minha avó, coitada, que contraiu varizes na perna direita"
"Pois também ela já tem muita idade"
xixi cama e fomo-nos todos deitar.
Boa noite, Vitinho, tem cuidado com o Lobo Mau.
Boa noite, Mãezinha e vá à merda com esses seres imaginários, que eu agora quero aqui é o João Pestana.
E com as conversas do João Pestana dormir com as criancinhas, teve o Ministério Público de não-sei-quêzar uma acção judicial contra o acima referido.
E Capuchinho responde: "O que é vadis? Isso nunca experimentei."
E o Lobo da Silveira diz "Oh, menina, é latim, onde é que vai?"
"Ah, vou a casa da minha avó, coitada, que contraiu varizes na perna direita"
"Pois também ela já tem muita idade"
xixi cama e fomo-nos todos deitar.
Boa noite, Vitinho, tem cuidado com o Lobo Mau.
Boa noite, Mãezinha e vá à merda com esses seres imaginários, que eu agora quero aqui é o João Pestana.
E com as conversas do João Pestana dormir com as criancinhas, teve o Ministério Público de não-sei-quêzar uma acção judicial contra o acima referido.
a minha ex
não interessa para nada, por isso é que é a ex, que disparate!
O que eu queria dizer é que isto agora parece que é todos os dias que cá venho.
Vamos lá ver se me surge alguma coisa enquanto escrevo... e escrevo... e isto parece que não pára.
É assim, começa-se a escrever e as ideias começam a organizar-se na cabeça e depois surge um texto desorganizado. Isto porque enquanto as ideias se organizam, ainda estão desorganizadas.
Depois volta-se atrás, a não ser que se seja o Lobo Antunes, não o cirurgião, ou que não se tenha tempo.
Que saudades da Escola Alemã, onde se pensava. Agora só se percebe. É como se tivéssemos Matemática da Empresa, Matemática das Nações e Matemática assumida. E depois Direito, que até tem sido divertido.
Mas não se lê uma porcaria de um livro, não nos deixam quase tempo para isso... Como é que as nossas cabecinhas se desenvolvem se só nos dão fórmulas e exercícios de repetição em que bate tudo certo. É muito coerente, mas depois tanta coerência, faz-nos ficar estúpidos e quadrados. Os exercícios de Contabilidade Nacional são só acertar contas, mas o Luquinha Brites Pereira acha que é de pensamento profundo, ah! sim! Se as famílias gastam mais do que ganham, têm de ir tirar dinheiro das poupanças! Ah! Que profundo!!! Fantástico!!! A ver se alguma vez o Goethe ou o Shakespeare se lembravam de semelhante subtileza!!!
Atrasados mentais.
Não quero ficar assim.
Mas talvez este decora conceitos, decora fórmulas relacionadas (ou não) com os conceitos [epppa, isto está a ficar grave, ainda bem que revi, tinha escito "conseitos"] seja só para começar. Mesmo assim... faz falta um cadeira de criatividade! Está tudo muito fechado e sistematizado, não é análise nem síntese nem nada, é decorar!
Bem, ficou um desabafo de mais um que está a sofrer com a porcaria de País que temos.
Este post, realmente foi só uma lamentação a acrescentar ao muro...
Uma braço
O que eu queria dizer é que isto agora parece que é todos os dias que cá venho.
Vamos lá ver se me surge alguma coisa enquanto escrevo... e escrevo... e isto parece que não pára.
É assim, começa-se a escrever e as ideias começam a organizar-se na cabeça e depois surge um texto desorganizado. Isto porque enquanto as ideias se organizam, ainda estão desorganizadas.
Depois volta-se atrás, a não ser que se seja o Lobo Antunes, não o cirurgião, ou que não se tenha tempo.
Que saudades da Escola Alemã, onde se pensava. Agora só se percebe. É como se tivéssemos Matemática da Empresa, Matemática das Nações e Matemática assumida. E depois Direito, que até tem sido divertido.
Mas não se lê uma porcaria de um livro, não nos deixam quase tempo para isso... Como é que as nossas cabecinhas se desenvolvem se só nos dão fórmulas e exercícios de repetição em que bate tudo certo. É muito coerente, mas depois tanta coerência, faz-nos ficar estúpidos e quadrados. Os exercícios de Contabilidade Nacional são só acertar contas, mas o Luquinha Brites Pereira acha que é de pensamento profundo, ah! sim! Se as famílias gastam mais do que ganham, têm de ir tirar dinheiro das poupanças! Ah! Que profundo!!! Fantástico!!! A ver se alguma vez o Goethe ou o Shakespeare se lembravam de semelhante subtileza!!!
Atrasados mentais.
Não quero ficar assim.
Mas talvez este decora conceitos, decora fórmulas relacionadas (ou não) com os conceitos [epppa, isto está a ficar grave, ainda bem que revi, tinha escito "conseitos"] seja só para começar. Mesmo assim... faz falta um cadeira de criatividade! Está tudo muito fechado e sistematizado, não é análise nem síntese nem nada, é decorar!
Bem, ficou um desabafo de mais um que está a sofrer com a porcaria de País que temos.
Este post, realmente foi só uma lamentação a acrescentar ao muro...
Uma braço
10/17/2007
Já cá não vinha há uns tempos largos
E é assim, quatro meses de férias e um princípio de ano lectivo na Católica, onde as pessoas no geral são mais giras do que na Nova, onde estou agora.
A Nova é sexe, mas, queridos, realmente somos um bocado diferentes, se achais que eu digo disparates e estupidezes para ofender, então podeis ficar ofendidos.
Também tive azar. E depois sorte. E agora aind anão [e anã casaram-se e 20 anos depois em casa deles já se somava 2,10m de alturas, mesmo depois da morte da mãe-anã, porque o filho saiu normal [isto foi só um disparate, porque estou disléxico e coloas pavalras e troco tudo e assim, e agora vou explicar porquê]] sei se estou com azar ou sorte.
Passa-se que me saiu, num grupo de trabalho de Introdução à Empresa, com o Prof. José Mata Quem Fala nas Aulas e Tenta Sair Mais Cedo e Vasconcellos, uma côléga que queria ter ido para Medicina e, (como ela diz:) comé óvio, não entrou, porque além de ser mega-autoritária nos trabalhos, tentar fazer tudo sozinha, quando se deve fazer em grupo e fazer MAL, é feia, usa lentes de contacto azuis por cima de írizes (íris no plural não deve ser assim, mas é tarde e amanhã levanto-meàs 7) castanhas-escuras e tem uma voz e maneira de falar com um poder de reviração de globos oculares absoutamente beyond (agora em Economia e Gestão usam-se muitas palavras inlgesas para ser mais sexe, por isso é que também se diz que a Nova é sexe).
O azar (referido acima) foi esta pessoa, que queria ser médica e que, se fosse médica, aluninha exemplar/fraude como é, ia agendar gripes e meningites e até as ia ter pelos doentes, para depois se gabar que fez o trabalho todo sozinha.
Agora a sorte: o ser entrou em Ciências da Saúde. Para mim foi dupla vitória, porque se foi embora da Nova (que desde então ficou muito mais sexe, embora aquelas lentes de contacto... saudades daquela beleza... logo pela manhã... bem, mas a vida continua:) e também, confesso, porque não entrou para Medicina (uma das razões pelas quais escrevo "Medicina" com maiúscula).
Como se escreve na escola: "e finalmente, a dúvida: azar ou sorte?" Bem, a menina, chamemos-lhe Carina, embora ela se chame Ana, era quem tinha o número de telefone da pessoa que nos dava informações sobre empresa (sobre [desculpem o sobrerepetimento da palavra "sobre"] a qual estamos a fazer os trabalhos de grupo). E agora não nos dá o número dessa pessoa.
Bem, o que se quer dizer é que agora, a minha sorte ou azar depende da existencia de uma mensagem com um número de telefone...
E pronto(s). É um post que aqui está, a porcaria do costume, mas foi o bocadinho de tempo que tive e não estava inspirado, mas também isto é semqualquerideia e quem não quiser ler, mais vale ir beber um cafézinho ou ver um filme - não, desculpem, isso é quem não preparar as aulas práticas de Introdução à Macroeconomia. Uma belíssima cadeira, de espaldar alto, madeira rija, era o que me apetecia mandar à cara do assistente que nos mandou fazer uma loucura de exercícios que não se deu ao trabalho de explicar, só nos indicou um formulário com letras avulso que ele dizia que eram fórmulas. Vá lá não serem as célebres equações de Maxwell, que ninguém percebe, mas que são tão bonitas, a perfeição, até prova em contrário [note-se o uso de uma escalação, agora que engrenei nas literaturas entro para Gestão, o admir´vel Mundo Novo das Continhas].
Ah! E um apelo, deixem lá a Maddie e aquela gente toda. Que se descubra a verdade, mas que acabem os bitaites. É que falam imenso sobre isso, mas depois um desgraçado faz uma piada (tempo-de-secura.blogspot.com) e caem-lhe os estúpidos que se acham sabe-se lá o quê todos em cima. Só para que se saiba: os judeus, naqueles campos de férias fantásticos lá para o meio da Europa, lá para a segunda metade da primeira metado do século XX contavam piadas uns aos outros, os que sobreviviam, claro, mas no fim morreram quase todos e eles sabiam isso, e tinham mortes horríveis (o que eles também deduziram, os mais espertos) e mesmo assim faziam e contavam piadas sobre a situação. Petanto deixem lá as pessoas viverem as vidas delas. Desde que seja sem maldade, acho que tudo se pode dizer.
Bem, uma braço. Desculpem este post, mas já lá iam dois meses e alguma coisa e eu queria mesmo escrever aqui qualquer coisa.
Outra braço
A Nova é sexe, mas, queridos, realmente somos um bocado diferentes, se achais que eu digo disparates e estupidezes para ofender, então podeis ficar ofendidos.
Também tive azar. E depois sorte. E agora aind anão [e anã casaram-se e 20 anos depois em casa deles já se somava 2,10m de alturas, mesmo depois da morte da mãe-anã, porque o filho saiu normal [isto foi só um disparate, porque estou disléxico e coloas pavalras e troco tudo e assim, e agora vou explicar porquê]] sei se estou com azar ou sorte.
Passa-se que me saiu, num grupo de trabalho de Introdução à Empresa, com o Prof. José Mata Quem Fala nas Aulas e Tenta Sair Mais Cedo e Vasconcellos, uma côléga que queria ter ido para Medicina e, (como ela diz:) comé óvio, não entrou, porque além de ser mega-autoritária nos trabalhos, tentar fazer tudo sozinha, quando se deve fazer em grupo e fazer MAL, é feia, usa lentes de contacto azuis por cima de írizes (íris no plural não deve ser assim, mas é tarde e amanhã levanto-meàs 7) castanhas-escuras e tem uma voz e maneira de falar com um poder de reviração de globos oculares absoutamente beyond (agora em Economia e Gestão usam-se muitas palavras inlgesas para ser mais sexe, por isso é que também se diz que a Nova é sexe).
O azar (referido acima) foi esta pessoa, que queria ser médica e que, se fosse médica, aluninha exemplar/fraude como é, ia agendar gripes e meningites e até as ia ter pelos doentes, para depois se gabar que fez o trabalho todo sozinha.
Agora a sorte: o ser entrou em Ciências da Saúde. Para mim foi dupla vitória, porque se foi embora da Nova (que desde então ficou muito mais sexe, embora aquelas lentes de contacto... saudades daquela beleza... logo pela manhã... bem, mas a vida continua:) e também, confesso, porque não entrou para Medicina (uma das razões pelas quais escrevo "Medicina" com maiúscula).
Como se escreve na escola: "e finalmente, a dúvida: azar ou sorte?" Bem, a menina, chamemos-lhe Carina, embora ela se chame Ana, era quem tinha o número de telefone da pessoa que nos dava informações sobre empresa (sobre [desculpem o sobrerepetimento da palavra "sobre"] a qual estamos a fazer os trabalhos de grupo). E agora não nos dá o número dessa pessoa.
Bem, o que se quer dizer é que agora, a minha sorte ou azar depende da existencia de uma mensagem com um número de telefone...
E pronto(s). É um post que aqui está, a porcaria do costume, mas foi o bocadinho de tempo que tive e não estava inspirado, mas também isto é semqualquerideia e quem não quiser ler, mais vale ir beber um cafézinho ou ver um filme - não, desculpem, isso é quem não preparar as aulas práticas de Introdução à Macroeconomia. Uma belíssima cadeira, de espaldar alto, madeira rija, era o que me apetecia mandar à cara do assistente que nos mandou fazer uma loucura de exercícios que não se deu ao trabalho de explicar, só nos indicou um formulário com letras avulso que ele dizia que eram fórmulas. Vá lá não serem as célebres equações de Maxwell, que ninguém percebe, mas que são tão bonitas, a perfeição, até prova em contrário [note-se o uso de uma escalação, agora que engrenei nas literaturas entro para Gestão, o admir´vel Mundo Novo das Continhas].
Ah! E um apelo, deixem lá a Maddie e aquela gente toda. Que se descubra a verdade, mas que acabem os bitaites. É que falam imenso sobre isso, mas depois um desgraçado faz uma piada (tempo-de-secura.blogspot.com) e caem-lhe os estúpidos que se acham sabe-se lá o quê todos em cima. Só para que se saiba: os judeus, naqueles campos de férias fantásticos lá para o meio da Europa, lá para a segunda metade da primeira metado do século XX contavam piadas uns aos outros, os que sobreviviam, claro, mas no fim morreram quase todos e eles sabiam isso, e tinham mortes horríveis (o que eles também deduziram, os mais espertos) e mesmo assim faziam e contavam piadas sobre a situação. Petanto deixem lá as pessoas viverem as vidas delas. Desde que seja sem maldade, acho que tudo se pode dizer.
Bem, uma braço. Desculpem este post, mas já lá iam dois meses e alguma coisa e eu queria mesmo escrever aqui qualquer coisa.
Outra braço
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