5/30/2007

Post número 100

É verde há-de. Post no mero sem. E comes tábua consul dados do nonsense fonético, de cid e vira qui dei xarumba men sagem só paradiso ergue real mente cem posts e mês mumu into.

E pronto, está muito és tu, pido? mas cada um sabe de si e a liberdade de expressão real e infelizmente pode resultar nisto...

Uma braço à Pero 'tado...

estudo pos-surreal (mas isto afinal é pseudo-intelectual de direita ou não?)

Era uma vez um menino que era filho de uma senhora, que lhe disse que ele era filho do padeiro. O rapaz não quis acreditar, foi à cozinha, pegou numa faca e tentou matar-se, mas como era da véspera, estava rijo e a faca não entrou. Valeu-lhe a abertura fácil dos novos pacotes de leite.

(não é preciso perceber, mas acho que se percebe o que é que o padeiro vendia além de pão)

5/28/2007

Abifeia

Acabei o 12º ano e fiz 18 anos.

Na festa de finalistas uma colega minha e eu fizemos uma breve apresentação sobre 5 obras literárias que lemos nos dois últimos anos de escola.

Pediram-me para publicar "a crítica literária apresentada no Abifeier", que eu calculo que seja o mesmo que dizer "os textos que serviram de base para o que apresentaste na festa lá da escola (Abifeier)", portanto, cá vai:

[Só uma observação, o texto que está entre as indicações de "cena" foram sketches, gravados na véspera, o resto foi lido/apresentado (mais lido, porque não ensaiamos quase nada e não tivemos tempo para decorar). Agora é que é:]

Nestes últimos anos aprendemos muita literatura.

O primeiro livro de que me lembro foi o Rei Édipo.

[cena]


Tebas. O drama, o horror, a tragédia…

[/cena]

Édipo diz que vai limpar a nódoa que tem a culpa, mas ainda nem sonha que ele próprio é essa nódoa

[cena]

(rapidamente)- Isto é a ironia trágica.

[/cena]

Vou então explicar a história:

Theiresias, o oráculo, professa que o menino Édipo, quando crescer, se vai deitar com a Mãe dele.

[cena]

- Quando ele for grande, vai ser…

(Jocasta) – Engenheiro?

- Teu marido!

- AHHHHHHHH!

[/cena]

Para o evitar, a família dos reis de Tebas corta os calcanhares ao menino Édipo e manda-o à sua sorte para uma espécie de aldeia SOS. Ele acaba por ser adoptado pelos reis da aldeia SOS e convence-se que esta é a sua família biológica.

Anos mais tarde, vai ao oráculo e este diz-lhe que ele se iria casar com a sua Mãe. Para o evitar, Édipo dirige-se para a sua cidade natal (a dele) – Tebas – não a aldeia SOS. Ao chegar lá, desvenda o enigma da esfinge que causava grande desgraça na terra…

[cena]

-3 patas? É um velho!

- Certo, porra!

[/cena]

…e é-lhe dada em casamento Jocasta, a sua Mãe:

[cena]

(Jocasta) – Eu, Jocasta Maria do Espírito Santo Rebello Machado de Oliveira e Sousa, aceito-te a ti, Édipo, como meu esposo.

[/cena]

E anos mais tarde aconteceu a desgraça que expliquei antes da analepse.



Em Português, lemos Os Maias, de José Maria Eça de Queiroz, com z.

É uma grande história, interminável para muitos…

[fotografia de desastre de automóvel]

E agora que já vos alertei para o perigo na estrada, vou alertar-vos para o perigo do amor livre:

Carlos da Maia, um rapaz de sucesso, neto de um senhor quase revolucionário (Afonso da Maia), filho de um nhanhas (Pedro da Maia), que acaba por se suicidar, para ser um herói romântico.

[cena]

(Pedro da Maia)- aaaaaaaaaaaaaaaa

[/cena]

Conhece uma menina ao passear pelos Olivais, de seu nome Maria Eduarda.

[cena]

(Mª Eduarda)- Chamas-te Carlos Eduardo? Eu sou Maria Eduarda! (palminhas histéricas)

[/cena]

Nesta altura, poder-se-ia ter dado a anagnórise (descobriam que eram irmãos), mas Eça de Queiroz tinha feito uma aposta com Antero de Quental, a ver quem fazia o livro mais extenso, pelo que nos ficamos por um indício trágico. A anagnórise propriamente dita, dá-se, portanto, mais tarde.

[cena]

(Ega)- Sabes quem é o Pai dos filhos de Zebedeu?

- Zebedeu?

- E sabes quem é o tio dos filhos da Mª Eduarda?

- Sou eu?????

- Yup…

[/cena]

E a tragédia ocorre

[cena]

(Afonso da Maia)-AHHHHHHHHHHHHHHHHH

[/cena]

Afonso da Maia morre com a desgraça e Carlos da Maia e João da Ega tornam-se personagens da comédia.




Em inglês, estudámos Macbeth, de William Shkespeare, uma obra que na altura era para o povão, mas que hoje em dia, só as elites conhecem.

Três bruxas, ou irmãs estranhas, dizem a Macbeth e a Banquo, que o primeiro vai ser rei e que a geração do segundo também vai chegar ao trono.

[cena]

(bruxa)- Tu, vais ser rei e tu (para Banquo), a tua geração vai chegar ao trono.

[/cena]

Macbeth fica deveras entusiasmado e manda uma carta à mulher.

[cena]

(Macbeth – para o fundo)- Olha lá, Rei é com “e” ou com “a”?

[/cena]

A mulher de Macbeth entusiasma-se com a ideia e leva-o a matar Duncan (o Rei) e, seguindo uma interpretação moderna, dá-se aquilo a que na gíria chamamos self-fulfilling prophecy – Macbeth torna-se rei, porque as bruxas o disseram. Tal também acontece em Édipo, mas aqui é mais óbvio ainda. Com a culpa, a Lady Macbeth desenvolve um complexo de Pilatos, enlouquece e acaba por morrer fora de cena.

[cena]

(Lady Macbeth)- Provei provei provei, batatas com bacalhau, comi comi comi, comi e não era mau, provei provei provei… (até sair de cena) AAAAHHHHHHH (barulho de cadáver a cair no chão)

[/cena]

Enquanto isso, Macbeth vai matando todos os que questionem a sua posição, tornando-se um tirano. Os outros nobres acabam por se organizar contra Macbeth e matam-no. Malcolm, filho de Duncan é eleito rei, a segunda profecia das bruxas afinal era mentira.

[cena]

(Banquo)- Então e os meus filhinhos? {nota: este sketch não apareceu}

[/cena]





Também estudamos uma pequena e famosa obra de F. Scott Fitzgerald.

Jay Gatsby aparece no bairro dos novos ricos em Nova Iorque pelos anos ‘20, quando os Estados Unidos estavam na moda. Gosta muito de mostrar que é rico, mas ninguém sabe nada sobre as suas origens.

[cena]

(americano qualquer, confidenciando) - Acho que é maçon…

[/cena]

Ao envolver-se com a alta sociedade nova-iorquina, envolve-se também em vários problemas muito complicados, que não vou explicar, para mais informações leiam o livro.

[cena]

(um senhor num sofá a ler o Gatsby)- Muito bom…

[cena]

Descobre-se que afinal Jay Gatsby tinha outro nome e tinha subido na vida a vender álcool durante a lei seca. Tudo isto para engatar Daisy, uma americana rica e sexy,

[fotografia de mulher feia esfarrapada/vadia, seguida de americana dos anos 20]

casada com um bronco multimilionário, Tom, que tinha uma amante pobre.

[fotografia de mulher feia esfarrapada/vadia]

O marido da amante de Tom descobre o caso.

Ao voltar de Manhattan, do Plaza, ali ao Central Park, na esquina da 5ª avenida com a rua 59…

[fotografia do Plaza]

…Daisy atropela a mulher de Wilson, amante de Tom, ao volante do descapotável de Gatsby. Wilson, para se vingar, vai matar Gatsby. Prova-se que afinal não valia a pena realizar o american dream.

[cena]

(Wilson dispara sobre Gatsby)

(Gatsby)- Afinal não valia a pena realizar o american dream, adeus mundo cruel.

[/cena]






Outra obra foi Fausto, de Goethe.

É a história de um velho que estava farto de saber tudo e que faz um pacto com o diabo.

[cena]

(Fausto)- ok, então, quando me arranjares uma situação super-hiper-mega-ri-fixe, tipo sexo (risos de nerd a falar de sexo), eu fico à tua disposição

- Feito

[/cena]

Mefisto faz uma extreme makeover ao Fausto e vão à procura de meninas.

[cena]

(Mefisto - abixanado)- Portanto, fizemos-lhe um lifting à cara, tiramos aquela pele toda flácida que ele tinha na barriga, arranjamos-lhe os dentes…

[/cena]

Fausto acaba por escolher Gretchen, uma menina inocente, que, devido a um passe de mágica simples de mefisto se apaixona por Fausto.

[cena]

(Gretchen)- Ai! Aquelas maneiras dele, aquele arzinho dele, aquela maneira de falar dele!

- Vai na volta é paneleiro…

[/cena]

Fausto decide então dormir com a Gretchen. Para terem sossego, Fausto manda Gretchen dar vários Valdisperts à sua Mãe (dela). A velha acaba por morrer com uma overdose. Gretchen fica à espera de um bebé e a sua vida fica destruída.

[cena]

(Gretchen)- Opa…..

[/cena]


_______________________________________

E pronto, foi isto que a Joana Valente e eu apresentámos no Abifeier.

Uma braço aperta do

5/02/2007

bem quis parecer

Bem me parecia que já não escrevia aqui havia muito tempo. E assim é: dois meses e nem sequer me dignei a ir à Fnac comprar o Hamlet e a Mme. Bouvary, desisti do Processo e comprei um livro do mesmo autor do livro que eu afinal queria comprar (que é o The Human Stain, acabei por comprar o Everyman, por questões de ruptura de stock).

E é assim, eu bem quero, mas o tempo e a vontade escasseiam...

Uma braço