3/23/2008

a lua de Joana

a Lua de Joana é um livro.



O que eu quero abordar, no entanto, é o problema da Joana, mas o título assim fica mais giro.



Aliás, eu vim ao blog para escrever qualquer coisa, por ter estado fora 3 dias e por sentir que a minha vida anda a mudar. Forças operam na minha vida que me fazem olhar não sei bem para onde, mas a verdade é que tenho tido o subconsciente animado.



Agora é que percebi, qualquer um sabe que este blog é uma espécie de psicanalista meu.



Ainda por cima sai de borla.



Pois é, mas confesso-me a mim mesmo, ao blogue e a quem me leia, que tenho falhado muito por não mater um estilo coerente, ora escrevo "blog" ou "blogue", tudo dentro do mesmo post, e vamos agora ver se percebem esta decisão e o que ela refuta, de facto: vou escrever "blog", porque é assim que tem sido, não sida que é horrível e não desejo a ninguém.



Mas vamos lá ao que interessa (será que vamos mesmo? Eu não estruturei o texto...) tenho sentido que não me tenho obedecido: "vai estudar" - "é fácil, não é preciso" - "estás a ser soberbo" - "bem, não digas isso, mas é que ainda é cedo para estudar, aquilo não é assim tão difícil, olha os exames" - "é um semestre diferente" - e por aí fora. Uma desobediência horrível, uma falta de auto-respeito.



Depois há o factor não-sei-a-minha-conta-com-vinho-carrascão-às-refeições: eu gosto de beber para ficar menos tímido, mas não um chato. E também não é meu objectivo navegar na minha cama, quando chego a casa depois de sair. Vá lá que me tenho mantido afastado do Gregório, mas isso também já seria de mais... Só nas saídas é que é fácil: dois gins em 3 horas, agora nos jantares...



Tenho também sofrido de falta de S. Martinho: há semanas que não vou dar uma volta de bicicleta a sério. Este problema é capaz de ser revelador: ir dar uma volta de bicicleta implica esforço e alguma (pouca) disciplina. Parece que é isso que eu tenho andado a evitar e que me tem andado a mediocrizar... Por outro lado, tenho tido o factor "mais gente", que significa maior variedade de companhias. Sabe sempre bem ir variando as companhias, mas convém distinguir bem os amigos dos conhecidos íntimos. Não que tenha trocado uns pelos outros! Nada disso! O problema é a minha imperícia em omnipresença, que me dificulta tudo.



Há várias frentes que têm de ser geridas, incompatibilidades. É preciso diplomacia e saber bem o que se quer.



Eu quero acabar com a pobreza - não só a minha e quem tiver pensado "pois, falinhas mansas, queres acabar mas é c'a tua pobreza e o resto que sa lixe", se acha que me conhece, então que se vá f*der, se faz favor, que já não posso gramar esta gentinha que acha que gostar de dinheiro é ser desonesto e filho da mãe e calculista frio sem escrúpulos: primeiro porque não é nada disso, segundo, porque é dos pensamentos com maior falta de visão e descrença nos seres humanos.



Eu sei que não se pode confiar em toda a gente (eu não confio no Berardo, nem no Eng. Belmiro, nem no Michael Dell, que nem conheço, nem no cego rapper do metro, nem no José Henriques dos Santos e muito menos no José Eduardo dos Santos), mas saber-se que uma pessoa gosta de dinheiro NÃO É RAZÃO para se concluir que essa pessoa é um cabrão dum desonesto que foge com dinheiro que não é seu e que vende droga.



Também há quem goste de dinheiro e de coisas caras, mas que queira, acima de tudo elevar os padrões.



Quem nos acusa, a nós, que somos honestos e que gostamos de dinheiro, de sermos desonestos e "judeus" (passo a expressão, mas é a figura do defeituoso típico que tem dinheiro) é um desvisionário, uma pessoazinha que não sabe o que é um objectivo de vida bem intencionado. É provavelmente uma pessoa que projecta o seu mal nos megalómanos bem intencionados e que distorce os objectivos destes últimos, à partida de interesse comum, mas que, nos olhos destas bestinhas que não conhecem, nem querem, para poderem justificar a sua mediocridade de não-desenvolvimento pessoal, a sua preguiça, não a preguiça porreira, mas a preguiça no que é importante, são meramente trunfos pessoais e egoístas.



Já não há pachorra para gente sem escrúpulos, mas não são esses que eu quero atacar hoje (esses já ataquei imensas vezes e continuarei a atacar sempre que seja conveniente).

Quem eu quero atacar hoje são os desvisionários que não acreditam que uma pessoa, por sonhar alto, sonhe alto para todos. São os que acham que o bem de um é o mal de outro - e note-se agora, que qualquer pessoa tenta estar o melhor possível na vida - seguindo esta linha, teríamos de prejudicar sempre algúem, de cada vez que tentássemos, como nos é natural, melhorar a nossa condição (provavelmente é assim que os desvisionários vêem o Mundo).



Por isto é que eu digo (e escrevo): quero ser rico sem ser desonesto, quero elevar os padrões mínimos. E quem me conhece e acredita, é meu amigo, quem me conhece e não acredita, não volte a falar comigo, a menos que passe a acreditar em mim. (Temos também de ter em conta que as pessoas se podem converter!!! Os desvisionários podem passar a pessoas decentes, assim que compreendam e apliquem o princípio do bem comum).



Eu sei que é uma das tarefas mais difíceis no Mundo, mas não sou decerto o único a empreendê-la. Também sei que não compro normalmente a CAIS. Também sei que não tenho participado em actividades com alguma eficácia que há em algumas paróquias: simplesmente tenho a minha maneira pensada de forma diferente. Tenho-me programado para fazer tudo pelo bem comum e não pelo bem pessoal. Tenho ideia que o meu forte é em Gestão: poderei criar empregos e gerar riqueza. É essa a minha ideia: gerar riqueza de acordo com uma estrutura que a distribua de forma justa e que permita eliminar a pobreza - o que interessa é o sistema! Não é por eu abdicar de um milhão de contos que acabo com a pobreza, esse dinheiro provavelmente iria ser gasto por pseudo-ajudantes em helicópteros e estadias no Mala-Mala ou na ilha do Sal. Ou mesmo numa sede fantástica de alguma ONG corrupta desses anormais desses desonestos que adoram fazer a figura e que não são capazes de ajudar sem roubarem umas comissõezinhas...



O que interessa é ensinar a pescar.



[ai que bonito e que intelectual...]



Eu distingo "rico" de "cheio de massa". Um verdadeiro rico é aquele que eleva os padrões de qualquer pessoa com quem entre em contacto.



Diga-se então que eu quero ser rico e cheio de massa [e as bestas pensam, "pronto, estrgaste(s) tudo"] - é natural que vá gerar fortunas pessoais, mas não das imorais, porque serão feitas ao trabalhar para o bem comum e porque, no caso ideal, não haverá pobreza extrema a "compensar" estes "picos de riqueza (dinheiro só)".


Qual é o mal de uns terem mais que outros, se ninguém tiver a menos? (O problema e a tarefa que temos em mãos é fazer o Mundo chegar a este ponto).

Bem, já chega que estou com sono e já saiu muita porcaria...



Uma braço

3/14/2008

Constatação

Ser estagiária/estudante universitária tem muito que se lhe diga. Fez-me lembrar de uma idade em que não se sabe se se há-de tratar as pessoas na segunda ou na terceira pessoa; tratam-se alguns "colegas", os mais novos, aqueles que pouco mais velhos são que nós, por tu? E isso quer dizer que, ao tratar alguém na terceira pessoa, se lhe está a chamar velho à cara podre?
O grande dilema do meu presente.