1/29/2009

Telles de Mello com 4 Ls

A família Telles de Mello com 4 Ls é uma família chiquíssima, como todos os primos devem saber.

A Mãe, Andre(i)a Telles de Mello é giríssima, engraçadíssima e é muitíssimo terra-a-terra. Como todos sabem, e adoram, tem uma conversa interessantíssima, que vai de Armani a Zara. Veio de Itália aos 4 anos, com os Pais, que entretanto morreram, achamos nós, não sei, para uma casa, pela conversa que ela conta, parece que no Estoril, não se percebe bem se é uma Ricciardi, mas parece que o apelido de solteira é Silva, que em Itália deve ser óptimo. Adora, adora, adora, 3 vezes ir à missa e acha os pobrezinhos uma coisa giríssima, menos aqueles de Leste muito escuros, assim parece que queimados do Sol e com olhos azuis que se penduram na janela do jipe dela a vender Bordas d'Água, que acha possidoníssimos, porque ainda por cima os Bordas d'Água não são originais, porque ela no outro dia viu na televisão, num programa, que não são. Não trabalha, claro.

O Pai, Afonso Maria Telles de Mello tem uma empresa, pelo menos é o que diz aos filhos, que vende pneus. Há quem diga que é uma garagem, mas ele garagem só conhece a dele, que tem um Bugatti antigo debaixo de uns cobertores e mais uns quantos carros giríssimos, assim tipo Rolls e mais não sei o quê, que parece que está sempre a trocar, porque cada vez que fala, diz que tem uns carros diferentes. De qualquer maneira, é tão giro e tão terra-a-terra, que vai trabalhar num Renault Clio 1.2 de 1994, giríssimo verde escuro, que comprou a um tio irmão do Pai, que já morreu, que pena. Afonso aposta numa educação religiosíssima para os seus filhos, mas preferiu pô-los em escola públicas, sei lá, para não ficarem muito estragados. Quer que os filhos, quando se formarem e forem trabalhar, não que precisem, mas depois o que é que haviam de fazer com tanto tempo livre, também vão de Renault Clio de 1994. A Mãe de Afonso Maria era uma querida, mas, tal como o Pai, que era educadíssimo, já morreu.

O Filho mais velho, Duarte Maria Telles de Mello segue as pisadas da linha masculina da família e está a tirar um curso giríssimo em que aprende a reparar carros, assim tipo curso profissional, que dá equivalência ao 12º. Antigamente havia imenso destes cursos e não tinha mal nenhum, mas com o 25 de Abril, aliás, desde que o Salazar caiu da cadeira, que isto este país vai pessimamente, quer dizer, cada um é mais sei lá o quê que o outro, e depois dão dois beijinhos e não sei quê e dizem que são "vermelhos", eu acho uma pirosada, uma coisa horrível e um disparate. Quer dizer, o Duarte não gosta de estudar, mas não é menos Telles de Mello por causa disso! Até antes pelo contrário, mas pronto. É religiosíssimo e adorava, adorava, adorava, ir de carro a Roma, como qualquer cristão deve. Duarte faz surf, geralmente nas Maldivas, o que é o máximo. Recusa-se a fazer surf em Portugal, que acha deprimente, porque a água é gelada e mais um monte de coisas que agora aqui não interessa. Infelizmente, tem imenso azar com as máquinas fotográficas, que perde sempre nos aeroportos, o que é uma pena, porque acaba sempre por perder os filmes de surf que faz com os primos nas Maldivas e nem um tem de recordação, coitado. Muitas vezes dá ténis velhos da Vans aos pobrezinhos, que adora, que usam para lhe atirar às costas, que para os pobrezinhos é um sinal qualquer de honra, não sei bem, mas é bom.

A Filha do meio, Maria do Rosário (Rosarinho) Telles de Mello adora o colégio e as amigas do colégio onde anda, que é um que há ali na Álvares Cabral. Os Álvares Cabral ainda são primos dos Telles de Mello, pelo lado do "es" do ÁlvarES e do TellES. Quando era pequenina adorava quando ia ao golf com o Pai apanhar bolas perdidas. Está a fazer o 11º ano há 3 anos, porque detesta estudar e agora, ainda por cima, usa-se imenso chumbar. Adora ir à missa com a Mãe e ajuda imenso na Paróquia. Canta no coro da missa e adora participar no ofertório. Só não gosta, na missa, da parte do beijinho, que além de pirosíssimo acha um nojo, sabe-se lá onde é que aquelas senhoras velhinhas andaram com as bocas e com as mãos, não é?

O mais novo, é o bebé da família, o Lourenço Maria Telles de Mello, já está crescidíssimo, da última vez que o vi, nem me dava pela cintura, agora está enorme, como dizia a Avó Dolores, que já morreu que pena, "espigadote" haha, antigamente era bem usar-se cada palavra "espigadote" haha! Anda sempre com uns amigos mais velhos, que devem ter imensos problemas de fígado ou não sei quê, que estão sempre com os olhos meios amarelos, meios encarnados. Seja como for, o Lourenço e alguns amigos adoram o golf e andam todos juntos no golf. Normalmente o Lourenço vai no lugar de trás ao meio, porque gosta, hã? Ah, ok, não se fala mais no golf. É azulão, pronto.

E pronto, aqui está uma família como deve de ser e mais não sei quê. É uma pena já não haver avós, mas pronto, morreram, ou preferem a vida do campo, que dá uma vida giríssima quase sem stress nenhum.

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