12/14/2004

Quase Natal

14 de Dezembro de 2004, quase Natal. Eu gosto imenso desta altura do ano, mas tenho de dizer que já chega de compras. A minha sorte é que a minha mãe as faz por mim e eu depois lhe pago...

Os "Pais Natais" têm de encarar miúdos cépticos e por vezes malcriados que lhes puxam as barbas para verificar se não estão a ser enganados. As dondocas ficam aflitas de dinheiro e há quem chegue a beber só leite até dia 24. Os colegas de trabalho mais bonzinhos e insuportávaies (que eu, graças a Deus, não tenho... mas que vejo claramente que existem) querem organizar almoços de Natal.
Esses almoços, por acaso, são engraçados: há aqueles que vão por obrigação, que tentam falar com alguém com um mínimo de sentido crítico, há também aqueles que vão pela troca de presentes, porque ainda não têm presente para a sogra, há aqueles que vão por uma refeição gratuita e há aqueles que organizaram o almoço, simplesmente porque não sabiam que os almoços de colegas de trabalho são uma seca muito grande...

É claro que estou a ser um pouco ingrato, porque desde muito pequeno que adoro o Natal, com o Pai Natal que traz "peshentes" e com a família, que cresce por um lado e diminui por outro... Também há sempre as cenas dos pequeninos a chamarem o Pai Natal, que provocam algum desespero quando entram num quarto com embrulhos ("AHH! Tantos peshentes!!! Shão pó eu???") e os pequenos problemas com a alimentação: a cozinha de minha casa tem cerca de 10 metros quadrados, contando o espaço que as paredes ocupam... O que significa que o perú é feito ao mesmo tempo que o lombo é temperado, enquanto o bacalhau com natas é aquecido, a salada é feita e as batatas fritas são... ... tiradas do pacote. Embora estas tarefas tenham que se realizar ao mesmo tempo por, pelo menos, dois gordos e uma senhora, são todas desempenhadas no mesmo metro quadrado. O que origina sempre alguma confusão... principalmente qundo um pequenino se junta ("Ó Mãe! O pai pediu as chaves do carro pa í bushcar o shaquinho da mana ao carro!")...

Tenho a dizer que o Natal me diverte mesmo muito, quando não há Missa do Galo de 2 horas. As iluminações não saloias, embora escassas, a árvore de Natal natural (que foi a minha primeira paixão), as músicas de Natal e o frio têm realmente qualquer coisa que me fascina...

FELIZ NATAL PARA TODA A GENTE - e não gastem o dinheiro todo em Dezembro, se não querem mais um Janeiro a almoçar em casa, a ir trabalhar de autocarro e sem fins-de-semana fora...

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